A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o atropelamento de uma mulher, de 55 anos, ocorrido na porta da casa dela, em Pouso Alegre, Sul de Minas. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento do atropelamento. Elas revelam também que o motorista do carro fugiu sem prestar socorro. O fato ocorreu em 19 de setembro, mas as imagens só foram divulgadas nesta quarta-feira (6/10).
O inquérito policial foi aberto nesta terça-feira (5/10) e vai apurar a omissão de socorro por parte do motorista. Ele chegou a parar o carro e pessoas que estavam com ele desceram e viram a vítima desacordada. Os passageiros voltaram para o veículo e seguiram viagem.
O atropelamento ocorreu na Rua Antônio Scodeler, no Bairro Vila Nossa Senhora Aparecida, região do Faisqueira. Era tarde de domingo e a ex-bancária molhava a rua em frente a sua casa com uma mangueira. Ela estava de costas e não percebeu quando um Fiat Siena veio e a atingiu.
A mulher foi lançada a alguns metros de distância, caindo já desacordada. O motorista para o carro, abre a porta e fecha imediatamente. Ele não chega a descer do veículo. Uma mulher e uma criança descem do carro e parecem ir em direção à vítima. Mas logo retornam ao veículo e o motorista arranca, antes mesmo da passageira fechar a porta do carro.
Alguns garotos que brincavam numa rua vizinha se aproximam, mas não chegam muito perto da vítima. Cerca de um minuto e meio depois, a vítima começa a se mexer no chão. Um motociclista se aproxima instantes depois para para socorrer a mulher. Nesse momento, pessoas que estavam dentro da casa onde a vítima jogava água também saem ao perceberem que algo havia ocorrido na rua.
A vítima contou ao Terra do Mandu que quebrou um dos braços; teve 13 costelas quebradas e o pulmão perfurado, entre outras lesões. A mulher ficou 11 dias internada e passou por cirurgias. Ela ainda não consegue andar e está fazendo fisioterapia.
A Polícia Civil informou que o dono do carro já foi identificado e intimado para prestar depoimento na delegacia. A vítima e outras testemunhas já foram ouvidas e as imagens anexadas ao inquérito.