Mesmo após mais de 2 anos e 8 meses no rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte, mais uma vítima foi identificada.
A Polícia Civil informou que trata-se de Angelita Cristiane Freitas de Assis, que morreu aos 37 anos. Ela trabalhava como técnica de enfermagem do trabalho, era casada e tinha dois filhos. De acordo com a Polícia Civil, a família foi comunicada sobre a identificação por volta das 15h.
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Ao todo, 262 pessoas que morreram em decorrência do rompimento da barragem já foram identificadas. Oito vítimas continuam desaparecidas. São elas:
- Cristiane Antunes Campos
- Lecilda de Oliveira
- Luis Felipe Alves
- Maria de Lurdes da Costa Bueno
- Nathalia de Oliveira Porto Araujo
- Olimpio Gomes Pinto
- Tiago Tadeu Mendes da Silva
- Uberlandio Antonio da Silva
De acordo com o perito, o IML já recebeu mais de 950 materiais biológicos para identificação e 870 deles foram solucionados – identificados ou descartados. “Existe um trabalho de controle de todo esse material. Temos cerca de um caso por dia vindo das frentes de busca, isso em uma estimativa média”, disse. “Recebemos esses materiais biológicos na fase da decomposição que responde ao tempo, são mais de dois anos e meio de tragédia.”
O governador Romeu Zema (Novo) também se manifestou pelas redes sociais. No Twitter ele escreveu o lema usado para lembrar da tragédia – repetida, como em Mariana – : "Nunca esqueceremos Brumadinho"
Último corpo encontrado
No último sábado (2/10), militares do Corpo de Bombeiros localizaram mais um corpo na área de buscas. O corpo foi encaminhado no mesmo dia para o IML que tenta definir se os restos mortais são de alguma das oito vítimas que ainda permanecem desaparecidas.
De acordo com os bombeiros, o corpo foi encontrado na região conhecida como Ferteco 1. “Localizamos uma das vítimas do desastre, com estrutura óssea preservada”, informou o major Ivan Neto, que comanda os trabalhos de buscas no local.
O médico-legista explicou que o segmento está sendo processado, mas as equipes encontram dificuldade em achar material biológico para comparação.
“Foi um segmento corpóreo muito representativo, muito rico em material para identificação, que encontra-se ainda sob análise, mas não foi identificado porque não tem material rico para compará-lo”, disse Ricardo Moreira Araújo. “Apesar do corpo ser rico em elementos para identificação, o que não temos é o material em vida para compará-lo”, explicou.
A tentativa, agora, é buscar outras alternativas. “Estamos contactando clínicas odontológicas e imagens hospitalares para tentar fortalecer esse banco de dados”, disse o médico.
Embora ainda não tenha sido concluída a identificação deste novo corpo, já foi possível excluir algumas vítimas. “Das oito que faltam, a gente sabe que não pertence a sete”, afirmou. “Não significa que pertencerá a outra identificação, pois pode se tratar de re-identificação. Está sendo estudado”, completou.