O mês de setembro teve o menor número de mortes por COVID-19 em Minas Gerais. As taxas não ficavam abaixo de mil óbitos desde maio de 2020. O estudo semanal da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), publicado na terça-feira (5/10) indicou que, em setembro, foram 884 vidas perdidas.
Em maio do ano passado, foram registradas 305 mortes (logo em junho de 2020 o estado havia notificado 1.032 óbitos da doença) – de acordo com a pesquisa, isso é um feito histórico e está totalmente ligado à campanha de vacinação.
Outro número importante para a pesquisa é a taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes. No geral, em Minas desde o começo da pandemia, a COVID-19 matou 256 pessoas a cada 100 mil – no mês de setembro de 2021 esse número teve uma baixa, e passou para quatro mortes a cada 100 mil pessoas.
O professor e coordenador da pesquisa, Sinezio Inácio da Silva, conta que essas baixas estão totalmente relacionadas à campanha de vacinação.
"A Delta, entre nós, parece que não fará o mesmo estrago que provocou em Israel e países da Europa. Uma hipótese é que aqui nossa população já tinha sido muito contagiada pela Gama e foi produzida uma imunidade cruzada. Quer dizer, quem foi infectado pela Gama criou anticorpos que também serviram contra a Delta”, explica o professor.
Segundo ele, outro fator determinante é que o atraso da vacinação no Brasil fez com que a Delta encontrasse uma população, em geral, com menor decaimento de proteção vacinal. Em Israel e Europa houve menos contato com a Gama e a vacinação começou mais cedo. Por isso, de acordo com o pesquisador, a Delta não chegou a ter espaço para encontrar uma população com proteção menor.
“Isso não quer dizer que foi melhor ter atrasado a vacinação por aqui. Esse atraso gerou centenas de milhares de morte evitáveis. Especialmente os mais idosos, que têm decaimento vacinal mais rápido, além dos imunocomprometidos”, diz o pesquisador da Unifal.
Em maio do ano passado, foram registradas 305 mortes (logo em junho de 2020 o estado havia notificado 1.032 óbitos da doença) – de acordo com a pesquisa, isso é um feito histórico e está totalmente ligado à campanha de vacinação.
Outro número importante para a pesquisa é a taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes. No geral, em Minas desde o começo da pandemia, a COVID-19 matou 256 pessoas a cada 100 mil – no mês de setembro de 2021 esse número teve uma baixa, e passou para quatro mortes a cada 100 mil pessoas.
O professor e coordenador da pesquisa, Sinezio Inácio da Silva, conta que essas baixas estão totalmente relacionadas à campanha de vacinação.
"A Delta, entre nós, parece que não fará o mesmo estrago que provocou em Israel e países da Europa. Uma hipótese é que aqui nossa população já tinha sido muito contagiada pela Gama e foi produzida uma imunidade cruzada. Quer dizer, quem foi infectado pela Gama criou anticorpos que também serviram contra a Delta”, explica o professor.
Segundo ele, outro fator determinante é que o atraso da vacinação no Brasil fez com que a Delta encontrasse uma população, em geral, com menor decaimento de proteção vacinal. Em Israel e Europa houve menos contato com a Gama e a vacinação começou mais cedo. Por isso, de acordo com o pesquisador, a Delta não chegou a ter espaço para encontrar uma população com proteção menor.
“Isso não quer dizer que foi melhor ter atrasado a vacinação por aqui. Esse atraso gerou centenas de milhares de morte evitáveis. Especialmente os mais idosos, que têm decaimento vacinal mais rápido, além dos imunocomprometidos”, diz o pesquisador da Unifal.
O pior mês da COVID-19 em Minas
Após um ano e meio de pandemia, as pesquisas da equipe da Unifal, que monitoram os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), através do Painel de Monitoramento, indicaram que o mês de abril de 2021 foi o mês mortal para os mineiros.
Nesses 30 dias ocorreram 9.061 mortes por causa do novo coronavírus – embora março tenha tido um maior acúmulo de internações, UTIs mais lotadas e grande número de óbitos, as taxas ficaram abaixo das 9 mil notificações de abril. Ao todo, em março, foram 8.347.
Os mais atingidos nessa ocasião foram os idosos de 70 a 79 e as faixas etárias com mais de 80 anos – no mês de abril a cada 100 mil habitantes, 235,88 idosos entre os 70 e 79 anos morriam da doença, sendo que aqueles que tinham mais de 80, representavam 263,98 mortes nessa taxa.
Nesses 30 dias ocorreram 9.061 mortes por causa do novo coronavírus – embora março tenha tido um maior acúmulo de internações, UTIs mais lotadas e grande número de óbitos, as taxas ficaram abaixo das 9 mil notificações de abril. Ao todo, em março, foram 8.347.
Os mais atingidos nessa ocasião foram os idosos de 70 a 79 e as faixas etárias com mais de 80 anos – no mês de abril a cada 100 mil habitantes, 235,88 idosos entre os 70 e 79 anos morriam da doença, sendo que aqueles que tinham mais de 80, representavam 263,98 mortes nessa taxa.
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