O motorista do carro que atropelou uma mulher e fugiu sem prestar socorro, em Pouso Alegre, e o proprietário do veículo prestaram depoimento à Polícia Civil nesta quinta-feira (7/10). Eles alegraram que estavam em uma emergência familiar no momento em que o acidente aconteceu.
De acordo com a Polícia Civil, o homem que assumiu ser o condutor no dia do atropelamento, de 44 anos, e o proprietário do veículo, de 37 anos, falaram que um familiar, que encontrava-se no banco de trás do veículo, estava sendo levado ao hospital.
Ainda conforme a polícia, eles afirmaram que vão prestar a assistência necessária à vítima de 55 anos. Os envolvidos vão responder por crime de trânsito e omissão de socorro.
“A Polícia Civil informa que tanto o proprietário do veículo, de 37 anos, como o homem que assumiu ter sido condutor no dia do acidente, de 44 anos, foram ouvidos na Delegacia Regional de Pouso Alegre. De acordo com eles, estavam em uma emergência com um familiar no banco de trás do veículo sendo levado ao hospital. Ainda afirmaram que prestarão a assistência necessária à vítima de 55 anos. Os envolvidos deverão responder por crime de trânsito e omissão de socorro”, diz a nota da Polícia Civil.
Família quer justiça
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento do atropelamento. A vítima estava lavando a calçada quando um veículo veio na contramão e a atingiu. Ela foi lançada a alguns metros de distância, caindo já desacordada. Após o atropelamento, o carro chegou a parar e duas pessoas desceram para ver a mulher, mas em seguida os passageiros voltaram para o veículo e o motorista fugiu sem prestar socorro.
O esposo da vítima, Alessandro Andrade, contou que ela quebrou um dos braços, teve 13 costelas quebradas, o pulmão perfurado, entre outras lesões. A mulher ficou 11 dias internada e passou por cirurgias. Ainda segundo o marido, a esposa ainda não consegue andar, está fazendo fisioterapia e precisa de enfermeiro 24 horas por dia. A família pede justiça.
“Tem três pessoas dentro do carro mais a criança, nenhum deles prestou socorro. Se algumas crianças não veem minha esposa caída, ela morria. Porque ela tinha perfurado o pulmão. A gente quer que a justiça seja feita, tudo dentro da lei. Que ele responda o que ele fez. Simplesmente atropelou, deixou ali pra morrer e foi embora. Foi de uma covardia muito grande”, conta o marido da vítima.
O atropelamento ocorreu no dia 19 de setembro na Rua Antônio Scodeler, no Bairro Vila Nossa Senhora Aparecida, em Pouso Alegre. Porém, as imagens só foram divulgadas nessa quarta-feira (6) após a Polícia Civil instaurar inquérito para investigar o caso. (Gabriella Starneck / Especial para o EM)