Jornal Estado de Minas

CIÊNCIA

Universidades federais receberão R$ 500 milhões do Governo de Minas

O Governo de Minas anunciou nessa sexta-feira (8/10) um repasse de R$ 500 milhões a oito universidades federais do estado. O governador mineiro, Romeu Zema (Novo), destacou o aporte à Universidade Federal de Lavras (UFLA), que usará R$ 30 milhões para estruturação do campus em São Sebastião do Paraíso, também na Região Sul do estado.





"O campus da UFLA vai ser viável devido a uma ajuda do Estado da ordem de R$ 30 milhões, além dos outros investimentos em demais projetos. Com isso, essa unidade vai poder disponibilizar cursos de graduação e pós. Ela será entregue mobiliada, com equipamentos, e vai oferecer cursos na área de inovação, ciência e tecnologia", afirmou Zema.

O anúncio do repasse aconteceu justamente em São Sebastião do Paraíso, onde Zema cumpriu agenda nessa sexta. A intenção é oferecer quatro cursos de graduação e um de pós-graduação, todos aprovados pelo Ministério da Educação (MEC). Além dos R$ 30 milhões para o campus em reforma, ainda será disponibilizado R$ 53,3 milhões para a UFLA, a serem utilizados em obras e demais projetos.

O evento de anúncio dessa sexta contou com políticos, como prefeitos, vereadores e deputados estaduais e federais, e autoridades do ensino. Reitor da UFLA, João Chrysostomo celebrou o repasse estadual.

"Nunca presenciei um apoio deste volume de um governo do estado a universidades federais. Gostaria de elogiar e agradecer muito esta ação do governo de Minas Gerais. Isto é valorizar a ciência", disse.





As universidades federais de Alfenas (UNIFAL), Itajubá (UNIFEI), Juiz de Fora (UFJF), São João del-Rei (UFSJ), Viçosa (UFV), Triângulo Mineiro (UFTM) e Minas Gerais - em Belo Horizonte - (UFMG) também serão contempladas pelo aporte do Governo de Minas. "Os recursos serão destinados para a realização de obras, compra de mobiliários e equipamentos, entre outros, com prazo de execução estimado que varia entre cinco e 28 meses", diz comunicado do Executivo estadual.

Sexta-feira também de cortes


O anúncio da administração estadual aconteceu no mesmo dia em que o governo federal informou um corte nas verbas dessas universidades. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação vai ter 87% a menos de sua verba. A decisão partiu do Ministério da Economia, e o orçamento da pasta para 2022 passa a ser de R$ 89 milhões - era de R$ 690 milhões.

O Ministério da Economia disse que, mesmo com o corte, vai aumentar recursos para pesquisas no ano que vem. A ação, contudo, não impediu críticas por parte da comunidade científica.

"A modificação do PLN 16, feita na última hora, no dia de hoje, pela Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional, atendendo a ofício enviado ontem pelo Ministro da Economia, subtrai os recursos destinados a bolsas e apoio à pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações e impossibilita projetos já agendados pelo CNPq", inicia trecho de comunicado conjunto emitido por entidades científicas.

"É um golpe duro na ciência e na inovação, que prejudica o desenvolvimento nacional. E que caminha na direção contrária da Lei 177/2021, aprovada por ampla maioria pelo Congresso Nacional", complementa o posicionamento, endereçado ao senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado Federal.




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