Agentes da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) visitaram comerciantes de três bairros de Belo Horizonte nesta quarta (13/10) para conscientizá-los a respeito da violência contra a mulher. O objetivo é fazer com que esses lojistas se tornem pontes entre as vítimas desses crimes e a instituição de segurança pública.
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“Às vezes, ela (a vítima) vai a uma loja e faz um sinal, preferencialmente um X vermelho, e aquele comerciante já está consciente do que ele pode fazer para essa mulher. Explicamos como os colaboradores devem agir”, explica Carolina Bechelany.
Essas lojas receberam cartazes para informar a população que fazem parte da campanha da polícia, que ganhou o nome de “Sinal Vermelho”. O cronograma desta quarta passou pelo Centro da capital mineira, Savassi e Venda Nova, lugares de comércio intenso.
A ideia, de acordo com a delegada-geral, é ampliar o apoio às vítimas de violência doméstica durante a pandemia da COVID-19. A campanha é uma parceria com a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH).
“A gente quer que eles entendam que estarão só comunicando dessa denúncia silenciosa. Hoje, foi o dia da divulgação in loco, essa ênfase nas localidades. A campanha virou lei federal, que incentiva a Polícia Civil a se unir à iniciativa privada”, diz.
As vítimas de violência podem, também, recorrer ao aplicativo MG Mulher (clique aqui para acessar), disponibilizado pela Polícia Civil.
As denúncias podem ser feitas pessoalmente ou por pessoas que queiram denunciar, nas delegacias especializadas em Atendimento à Mulher ou pela delegacia virtual.
Números
Conforme dados da Polícia Civil, Minas Gerais registra 93.279 casos de violência doméstica até agosto deste ano. Em BH, no mesmo período, são 11.159 ocorrências.
Quanto ao total de feminicídios, Minas contabiliza 199 tentativas neste ano. Na mesma toada, 98 mulheres perderam a vida por crime de ódio no estado até agosto.
Em BH, até o oitavo mês do ano, são 11 feminicídios consumados e 14 tentados.