Jornal Estado de Minas

COVID-19

Prefeitura de BH publica novas regras que liberam bares e outros espaços


Foram publicados nesta sexta-feira (15/10) no Diário Oficial do Município (DOM) as portarias da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e o decreto do prefeito Alexandre Kalil (PSD) que detalham os novos protocolos sanitários para estabelecimentos de alimentação, eventos esportivos e espetáculos. 





A partir da publicação, bares, restaurantes e o comércio de alimentos em geral voltam a funcionar sem restrições de horário. Outra medida de flexibilização no combate à COVID-19 é a permissão aos torcedores  em estádios para que apresentem apenas o comprovante da segunda dose de vacina contra o coronavírus ou da dose única no momento de assistirem aos jogos. A regra vale também para a participação do público em eventos sociais e shows ao vivo.

Nos shows para mais de 1.500 pessoas, em locais que comportam pelo menos 6 mil espectadores, assim como nos estádios de futebol, a capacidade vai passar de 30% para 40% de ocupação.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), Matheus Daniel, comemorou a decisão. Pelo protocolo vigente, os estabelecimentos só poderiam ficar abertos entre as 5h e a 1h. “Já era um pedido nosso, junto com o vereador Léo Burguês, para tirar essa restrição de horário dos bares e restaurantes. Não justifica porque é um horário que já tem pouca gente na rua. Não é um horário que, tradicionalmente, dá aglomeração nos bares e restaurantes.”





Ele afirma que a situação dos estabelecimentos é diferente da via pública. “Não é como nas regiões da Sapucaí, Savassi”, argumenta.  O presidente da entidade lembrou o caso do tradicional Bar do Bolão, que completou 60 anos com a restrição de horário de funcionamento ainda vigente. “A tradição é ir para um bar e depois passar no Bolão para comer um rochedão. Passou o aniversário dele com a restrição, que impede o funcionamento no melhor horário dele.”

Matheus Daniel ressalta aos empreendedores do setor que os protocolos sanitários devem continuar a ser seguidos. “Já é um avanço essa retirada da restrição de horário. Melhora porque as pessoas continuam consumindo. Da forma como está estamos conseguindo retomar. Mas, esses restaurantes que têm tradição da madrugada terão mais  movimento (com a decisão)”, destaca.

Os representantes do setor vinham argumentando que, com a melhora no conmbate à pandemia e a redução dos indicadores de mortes e ritmo de contaminação, além da ocupação de leitos hospitalares, não havia motivo para manter o nível das restrições, inclusive diante dos prejuízos enfrentados pelas empresas durante longos períodos de fechamento. “Pagamos um preço muito alto, não justifica a continuidade dessas restrições. A liberação de horário ajuda a aumentar o faturamento.”





Feliz com a decião da PBH, a proprietária do bar Zé Pileque Botequim, Gircilene Castro, de 30 anos, já esperava a flexibilização. “Fomos esquecidos pelos nossos governantes, principalmente pelo prefeito. O que importa agora é poder trabalhar e atender bem os nossos clientes. Seguimos firmes e confiantes”, afirmou. O bar está localizado no Bairro Buritis, Região Oeste da capital.

Gircilene afirma que a liberação pode ajudar a recuperar os prejuízos causados pelo tempo em que o estabelecimento fechou as portas. “Ficamos muito tempo fechados, então não vamos nos dar ao luxo de fechar cedo. Vamos ficar até o último cliente sair. Os próprios funcionários nos abraçaram. O último cliente vai ser muito bem recebido.” Segundo Gircilene, o movimento nos bares não se normalizou, mas tem sido crescente.

Balanço 


O boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), divulgado na manhã de ontem, mostrou registros de 28 mortes e 1.860 casos de contaminação pelo coronavírus em 24 horas no estado. Ao todo, são 2.162.611 ocorrências de contágio pelo vírus e o número de mortes, desde o início da pandemia de COVID-19, alcança 55.064.





Ainda de acordo com a pasta estadual, os casos em acompanhamento somam 20.961. Essa classificação se  refere a pessoas que ainda estão em tratamento e também a registros que precisam de atualização por parte das secretarias municipais de Saúde. O número de pessoas recuperadas da doença respiratória atinge 2.086.586. (Colaborou Cristiane Silva)

*Estagiárias sob supervisão da subeditora Marta Vieira

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