Jornal Estado de Minas

TEMPORADA DE CHUVAS

Contagem começa a construir muros de arrimo em vilas afetadas por enchentes

A prefeitura de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), deve terminar até o fim do mês a construção de um muro de arrimo na região da Vila Barroquinha, para tentar evitar enchentes durante o período chuvoso que, aparentemente, já chegou.




 
No dia 27 de setembro, a cidade passou por um primeiro teste, com uma chuva intensa que alagou várias casas na região de Nova Contagem e deixou 60 pessoas desalojadas. Os problemas aconteceram em um trecho que ainda passa por obras, que devem ser finalizadas este mês.
 
Os trabalhos de abertura dos canteiros e limpeza das áreas começaram nesta semana nas encostas nas vilas Barroquinha A e B. A prefeitura contratou moradores da própria região para isso, em um total de 20 postos de trabalho.
 
Hoje, o que existe no local são voçorocas, buracos de erosão formados por fortes chuvas na região, o que pode possibilitar a ocorrência de enxurradas. Por isso, os muros servirão de contenção para a vila durante possíveis deslizamentos.




 
Além disso, também serão executadas obras complementares e, se for verificada a necessidade, novos muros poderão ser inseridos no projeto.
 
A obra faz parte do programa "Contagem se prepara para enchentes", lançado oficialmente pela prefeitura há duas semanas. O levantamento feito pela administração mostra que 10% dos moradores da cidade vivem em áreas de risco para alagamentos ou deslizamentos de terra, e ações começaram a ser feitas nesse sentido.
 
Depois de longa estiagem, voltou a chover na RMBH com a chegada da primavera, em 22 de setembro. Mas elas ficarão mais intensas a partir de novembro.
 
“A gente não consegue prever como vai ser até março, mas já conseguimos ter uma ideia de como serão esses três primeiros meses (outubro, novembro e dezembro) da temporada”, diz Anete Fernandes, meteorologista do Inmet.

“Ainda não podemos falar que a estação chuvosa começou, porque a primeira quinzena de outubro é considerada a transição. Tivemos as primeiras pancadas, mas precisamos da chuva mais recorrente, mais frequente, que deve começar agora no início de novembro”, acrescentou. 
 
 

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