Jornal Estado de Minas

BOA AÇÃO

Cidadania: ciclista recolhe lixo da Praça da Liberdade por conta própria

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Uma bicicleta, máscara, óculos, capacete, luvas, mochila e sacos plásticos. Esse é o inventário carregado pelo ciclista Haroldo Kennedy, de 56 anos, toda vez que sai de casa, no Bairro Sagrada Família (Leste de BH), para pedalar na Praça da Liberdade – e também recolher o resíduo de quem finge não ver as latas de lixo do cartão-postal de Belo Horizonte.





 

“Recolho dois sacos de lixo cheios da praça toda vez que vou lá pedalar. Eu fotografo a Praça da Liberdade desde a reinauguração de 1999 (veja as fotos aqui). Tenho um carinho e uma ligação íntima com o lugar”, diz o servidor de tecnologia da informação da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

 

Haroldo Kennedy pedala há três anos. Durante a pandemia, não pôde se dedicar ao esporte para garantir o respeito ao distanciamento social. Ganhou cinco quilos, que tenta perder agora, queimando calorias durante o recolhimento do lixo e o pedalar.

 

 

 

A ideia de recolher o lixo da Liberdade começou três semanas atrás, quando Haroldo saiu de férias e visitou o local. Durante as pedaladas, percebeu a sujeira e decidiu unir o útil ao agradável: os alongamentos são feitos enquanto ele “abastece” os sacos plásticos.

 

Segundo ele, o tempo gasto para limpar todo o cartão-postal gira em torno de três horas, tamanho o volume de resíduos.

 

“Muita gente vem para tirar foto, mas precisa dividir espaço com o lixo. Peço às pessoas para ter um pouco mais de cuidado. É um símbolo de Belo Horizonte”, diz.

 

O lixo recolhido da Praça da Liberdade vai para os baús de resíduos da própria prefeitura.





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