Com a melhora no cenário de pandemia, o governo de Minas cria iniciativas para melhorar o setor do turismo no estado. De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), já são R$ 3,78 bilhões injetados na economia mineira dentro de três meses.
Segundo o Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG), em agosto de 2021, mais de 2 milhões de viajantes circularam pelo estado. A Secult calculou que os viajantes permanecem no estado por aproximadamente 6 dias, totalizando R$ 630 por turista. Ao multiplicarmos 2 milhões de pessoas por R$ 630, a Secult afirma ter chegado ao montante de R$ 1,26 bilhão injetados na economia mineira por mês desde maio de 2021. Em três meses, desde o lançamento do Reviva Turismo, esse número chega a R$ 3,78 bilhões.
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Prejuízo bilionário
Apesar disso, o valor recuperado ainda é pouco. É importante lembrar que o estado sofreu rombo de R$ 31,2 bilhões no setor do turismo, entre março de 2020 e maio de 2021, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Agora, com o arrefecimento da pandemia da COVID-19, este prejuízo começa a ser resolvido.
O cenário de vacinação em massa da população está relacionado à retomada segura das atividades turísticas em Minas. "A queda nos indicadores de disseminação do vírus no estado influenciou positivamente a retomada da atividade turística", como aponta o OTMG. Porém, apesar da melhora, os valores ainda não são suficientes para restabelecer os níveis observados antes do início da pandemia.
O Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de Minas Gerais (Sindetur) se posiciona sobre a recuperação do setor: “Sentimos que está tendo uma recuperação lenta e gradativa, e temos esperanças que ano que vem, se todos estiverem vacinados, poderá sim ter uma melhora nas vendas, no geral.”
Minas conquista o imaginário coletivo
Segundo o ranking global da premiação Travellers Review Awards 2021, da plataforma de reservas online Booking.com, esta é a primeira vez que uma localidade brasileira está presente na lista das Regiões Mais Acolhedoras no Mundo.
A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIHMG) disse que a hotelaria mineira teve uma queda abrupta, de 60% para 16% na ocupação, no início da crise sanitária. Em junho de 2021, o segmento começou a sentir sinais de recuperação, e o percentual de crescimento da hotelaria em Belo Horizonte em junho e julho foi de 34,3 % e 48,3%, respectivamente. Segundo a associação, “os dados são muito positivos, e essa relação é motivo de otimismo para os empresários que oferecem esse serviço na cidade”.
De acordo com a mesma premiação, o estado também abriga três das 10 regiões mais acolhedoras do Brasil. Pela lista divulgada neste ano pela plataforma, Monte Verde, no Sul de Minas, aparece em segundo lugar. Já Lavras Novas, distrito de Ouro Preto, na Região Central, está na sétima posição. Quem fecha o rol dos locais mais acolhedores do país, no 10º lugar, é a Serra do Cipó, compreendida pelo município de Santana do Riacho, também na região central de Minas Gerais.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.