O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), discutiu medidas de prevenção para a temporada de chuvas na cidade com a equipe da prefeitura na tarde desta terça-feira (19/10).
Questionado se temia por mais mortes em decorrência das chuvas, Kalil foi enfático. "Eu tenho medo sempre. Eu tenho medo de ficar doente, tenho medo de COVID, tenho medo de risco geológico, tenho medo de chuva, tenho medo de tudo. Eu sou um medroso", disparou.
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A reunião ocorreu Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), localizado no Bairro Buritis, Região Oeste da capital. Participaram o secretário de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão; o superintendente da Sudecap, Henrique Castilho; o superintendente de Limpeza Urbana, coronel Genedempsey Bicalho Cruz; o subsecretário de Proteção e Defesa Civil, Waldir Figueiredo Vieira; o diretor-presidente da Urbel, Claudius Vinícius Leite Pereira; e os nove coordenadores das regionais da cidade.
O encontro ocorreu no dia seguinte ao temporal que atingiu a cidade na noite dessa segunda-feira (18/10). Em 3 horas, choveu metade do esperado para todo o mês de outubro.
Além disso, o volume de chuvas já supera o total esperado para outubro em oito regiões da cidade.
Risco geológico
Durante o encontro, o prefeito pediu ao secretariado que haja um mapeamento das áreas de risco geológico para evitar tragédias. “As regiões mais difíceis são as mais carentes”, afirmou Kalil.
Em 26 de janeiro do ano passado, sete pessoas morreram soterradas no desabamento de casas na Vila Bernadete, no Barreiro, durante o temporal. A expectativa é que nenhuma vida seja ceifada em mais uma temporada chuvosa. A Defesa Civil emitiu um alerta para a possibilidade de deslizamentos válido até amanhã (20/10).
“Estamos nos organizando, a prefeitura é organizada, tem verba pra isso e uma secretaria social robusta para ajudar esse povo. E é isso que vamos fazer”, prometeu o prefeito.
Ainda no ano passado, o prefeito chegou a transferir seu gabinete para o COP-BH para acompanhar as medidas paliativas às fortes chuvas e atuar em casos de emergência. Desta vez, ele dispensa a mudança. “Aquilo foi um ‘Deus nos acuda’, um ‘bate-cabeça’. Agora eu não quero isso mais, não. Vou comandar a prefeitura do meu gabinete.”
“Estamos nos organizando, a prefeitura é organizada, tem verba pra isso e uma secretaria social robusta para ajudar esse povo. E é isso que vamos fazer”, prometeu o prefeito.
Ainda no ano passado, o prefeito chegou a transferir seu gabinete para o COP-BH para acompanhar as medidas paliativas às fortes chuvas e atuar em casos de emergência. Desta vez, ele dispensa a mudança. “Aquilo foi um ‘Deus nos acuda’, um ‘bate-cabeça’. Agora eu não quero isso mais, não. Vou comandar a prefeitura do meu gabinete.”
Sofrimento de famílias
Kalil ainda agradeceu o trabalho dos servidores durante a ação de segunda-feira e prometeu ajuda financeira e suporte para famílias que moram em áreas de risco.
"Propusemos toda a estrutura para que mapeie milimetricamente, se possível, todas as áreas de risco geológico. O que choveu ontem, por exemplo, imediatamente, após 40 minutos de chuva, todas as vias estavam interditadas e foram removidas seis famílias imediatamente. Isso é mitigar a morte. Não aconteceu nada com a casa deles, mas, na dúvida, não tem como ter dúvida, a gente tem que tirar todo mundo. Temos robustez para proteger esse pessoal com ajuda no aluguel, para colocar em outra casa", disse.
De acordo com a prefeitura, de janeiro a setembro de 2021, a Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) realizou cerca de 50 obras em áreas de risco geológico em vilas e favelas. Mais de 150 famílias foram retiradas preventivamente.
"Se o local apresenta grau de risco alto ou muito alto, o qual não pode ser eliminado ou controlado por uma obra tecnicamente viável, a família é removida, sendo encaminhada para o Abrigo Municipal. Ela também pode acessar o programa Bolsa Moradia até o seu reassentamento definitivo em uma unidade habitacional construída pela prefeitura", informou em nota.
Cidade em obras
Kalil lembrou de obras que funcionaram, como no caso de Venda Nova. Por lá, a bacia de contenção que foi concluída pode ter evitado novas enchentes na Avenida Vilarinho e ruas adjacentes.
“Temos muitas coisas que já funcionam., mas é o que eu disse desde a primeira chuva: se ninguém desse o primeiro passo para melhorar uma cidade que tem a topografia que BH tem…”, alfinetou as gestões anteriores. “Nós temos que dar um passo, e já demos um passo muito grande. O que foi feito nos últimos 5 anos, em 40 não se teve notícia.”
“Temos muitas coisas que já funcionam., mas é o que eu disse desde a primeira chuva: se ninguém desse o primeiro passo para melhorar uma cidade que tem a topografia que BH tem…”, alfinetou as gestões anteriores. “Nós temos que dar um passo, e já demos um passo muito grande. O que foi feito nos últimos 5 anos, em 40 não se teve notícia.”
Temporal em BH
Na Região Leste de BH, que compreende 51 bairros da capital, das 18h às 21h de ontem, choveu 89% do esperado para todo o mês de outubro. Desde o dia 1°, o acúmulo equivale a 209,4% do esperado.
No Aglomerado Taquaril, o temporal inundou ruas, entupiu bueiros e encharcou barrancos da localidade, o que deixou os moradores temerosos.
E nesta terça-feira, ainda há possibilidade de chuvas fortes, como as que ocorreram na noite de ontem. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é de mais temporais com direito a raios, trovoadas e ventos fortes, de mais de 50 hm/h.
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