Jornal Estado de Minas

PREVENÇÃO

COVID-19: falta de testagem no ambiente escolar preocupa especialistas


 
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) aprovou o retorno total das aulas presenciais, permitindo que as salas de aula recebam 100% dos alunos. Segundo o protocolo aprovado pela SES, além da ocupação total das salas de aula, é permitido o uso compartilhado de objetos eletrônicos e o fim da quarentena de livros para empréstimos em bibliotecas escolares, desde que respeitadas as orientações de higiene e proteção. 




 
Apesar de uma melhora no cenário pandêmico devido ao avanço da vacinação, que permita adoção da medida, especialistas questionam a falta de testagem no ambiente escolar. O infectologista e diretor-médico da Target Medicina de Precisão, Adelino Melo Freire Junior, diz que, mesmo sem números oficiais de alunos contaminados ou de aulas que foram suspensas devido a casos confirmados ou suspeitos, é necessário incluir a testagem em alunos e profissionais da educação. A medida é usada como estratégia de rastreamento e de redução do risco de transmissão da doença.

Hoje, quando um grupo de pessoas apresenta um caso positivo de COVID-19, a orientação é afastar todos os membros por 14 dias. “Os prejuízos que decorrem da doença e afastamentos nem se comparam ao custo de um teste de rastreamento”, destaca o Adelino Melo Freire Junior.

Segundo o médico, esse protocolo está adequado na ausência de testes de rastreamento. “Quando é possível fazer pesquisa viral, quer seja por RT-PCR ou por teste de antígeno, a saída da quarentena pode ser com 7 dias, para todos que testarem negativos ao final desse período”, explica.





Segundo o médico, incluir testagem nas escolas como mais um mecanismo de redução de risco seria positivo. Ele também cita outras medidas que poderiam contribuir para a redução de risco de contaminação: "Distanciamento, uso de máscara e álcool em gel, ventilação natural e bolhas de estudantes”, afirma.
 
Segundo a SES-MG, existem seis estratégias reconhecidamente eficazes pela literatura científica, que são centrais no enfrentamento da COVID-19 na comunidade, e consequentemente nas escolas:

1. Uso universal e correto de máscaras cobrindo boca e nariz;
2. Distanciamento físico de no mínimo 0,9 metros (90 cm) entre estudantes;
3. Lavagem das mãos e etiqueta respiratória;
4. Limpeza e manutenção frequente das instalações;
5. Rastreamento de contato em combinação com isolamento e quarentena;
6. Vacinação da população elegível, em especial trabalhadores da educação e quando disponível a vacinação de adolescentes entre 12 a 17 anos. 
 

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