A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante um homem, de 27 anos, suspeito de feminicídio contra a companheira, da mesma idade. A prisão aconteceu na tarde dessa segunda-feira (18/10) no município de Santa Luzia, Região Metropolitana de BH.
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A equipe médica a pegou, levou para outro andar e tentou fazer a reanimação, mas a mulher não resistiu e morreu. Com análise legista, foi possível reconhecer lesões características de agressão.
"Ao examinar o corpo, o médico-legista também identificou lesões sugestivas de morte violenta. A Delegacia de Homicídios imediatamente iniciou os trabalhos investigativos, ouviu familiares e testemunhas, ficando comprovado que o casal tinha uma relação conturbada, marcada por agressões mútuas, e que a vítima já havia sido vista com lesões e hematomas", afirmou a delegada.
As lesões, entretanto, não foram identificadas anteriormente, porque a vítima não relatou à equipe hospitalar que teria sido agredida. "E isso pode, inclusive, ter prejudicado o atendimento dela", diz Adriana Neves.
Quando reconheceram as lesões, a equipe médica acionou a PCMG, que logo iniciou as buscas e localizou o homem na casa da mãe dele, próximo de onde o casal morava.
O suspeito foi preso em flagrante e, segundo a PCMG, ele jpa tem registro policial por roubo e porte de arma. "Ele nega que tenha agredido a vítima. As investigações continuam. Hoje nós localizamos roupas dela com manchas de sangue, que serão analisadas, mas todos os indícios indicam que as agressões, de fato, partiram dele", diz.
A família e testemunhas afirmaram que a relação do casal era conturbada e outros episódios de violência tinham acontecido. Apesar disso, a mulher não registrou nenhuma denúncia contra o agressor, por isso a delegada ressaltou a importância das mulheres nãos e calarem diante dos abusos.
"A orientação é procurar sair desse tipo de relação, tentar se afastar do agressor. E caso não consiga, que esse casal procure ajuda. É uma relação que precisa ser tratada. A tendência é que a violência vá aumentando e chegue num ponto de levar a vítima a óbito. A violência doméstica é um problema social, não é puramente de polícia, então as pessoas que estão próximas precisam, sim, preservar a vida", finaliza.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.