Jornal Estado de Minas

COVID-19

'Quem não se vacina é um palhaço!', diz idosa que tomou dose de reforço

Celina Silva Rehfeld, de 73 anos (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O principal público-alvo da campanha de vacinação contra a COVID-19 em Belo Horizonte nesta quarta-feira (20/10) era formado pelos trabalhadores da saúde acima de 18 anos, que recebem a dose de reforço do imunizante. Entretanto, quem chamou a atenção foi uma idosa, que, em protesto, fez questão de ir se vacinar segurando um palhaço de brinquedo.





Esta senhora é Celina Silva Rehfeld, de 73 anos, que foi ao posto drive-thru montado no Campus da UFMG, acompanhada de sua filha, Izabelle Rehfeld, virologista que trabalha em pesquisas do Instituto Fiocruz, do marido Paulo Guarani Rehfeld, de 80, e do cunhado Braz Cristiano Rehfeld de 79. Os três receberam a dose de reforço.

 
Idosos tomam dose de reforço (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
 
Celina explicou o motivo de levar o palhaço para o momento de receber a  vacina: "Para mostrar que o brasileiro continua o eterno palhaço, de bater boca em pizzaria, mas não toma consciência de nada que é necessário. Quem não se vacina é um palhaço", afirma.
 
A idosa contou que tomou todas as doses da vacina e que nem ela, o marido ou o cunhado tiveram algum tipo de reação. 
 
Além disso, Celina fez críticas ao Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à forma como o governo lidou no combate ao vírus: "Este ignorante do presidente quer matar os pobres deste país. Fico revoltada em ver que existem brasileiros que tem fanatismo por ele", lamentou.. 





 
Profissionais do SAMU também tomaram a dose de reforço nesta quarta (20/10). O médico do SAMU, Daniel Claus, de 40, contou como se sente em poder completar a imunização: "Essa dose traz uma segurança maior para a gente que trabalha diretamente com pacientes da COVID e também é importante que a população toda se vacine, para melhorar a imunização global e diminuir ainda mais a incidencia do vírus."
 
Médico do SAMU Daniel Claus (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
 
 
Questionado se os casos do vírus parecem estar diminuindo, o médico foi sincero. "A impressão que temos, como trabalhador da saude, é de que tem diminuido a incidencia dos casos. Alguns ainda não estão sanados, mas há uma queda, aparentemente. A vacinação pode estar contribuindo sim e o seguimento dos protocolos de segurança ajudaram muito também".
  
Já o motorista de ambulância José Aires Raimundo Guerra, de 39, contou que mais uma dose da vacina, significa segurança. "Representa mais segurança para nós, visto que a tendencia é o virus nao diminuir, então temos que proteger. Como temos o descuido de muitos, então temos que redrobrar a proteção."




 
Motorista de ambulância José Aires Raimundo guerra (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
 
 
Sobre ter que se vacinar nos próximos anos, o motorista não vê problemas: "Não acho que será obrigatório a vacina nos próximos anos, mas teremos que tomar para continuar se protegendo do vírus".  
 
De acordo com a PBH, para tomar a dose de reforço é necessário levar o cartão de vacina, CPF e documento oficial com foto. Caso seja trabalhador da saúde, deve levar também um documento oficial que comprove que está em atividade na cidade de Belo Horizonte. 

 
O horário de funcionamento dos locais de vacinação em dias úteis é das 8h às 17h para pontos fixos e extras e das 8h às 16h30 para pontos de drive-thru.
  
Há também pontos de vacinação com horário noturno, que funcionam de segunda a sexta-feira. Confira os horários e endereços:
 
  • UFMG Campus Saúde (Escola de Enfermagem): avenida Professor Alfredo Balena, 190 - Santa Efigênia – Funcionamento das 12h às 20h;
  • Faculdade Pitágoras: rua dos Timbiras, 1.375 - Funcionários – Funcionamento das 8h às 20h;
  • UNA-BH: rua Aimorés, 1.451 - Lourdes – Funcionamento das 8h às 20h

*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira
 

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