Uai, gente, e não é que os mineiros e as mineiras têm o sotaque mais atraente entre os brasileiros!? Pois o resultado surpreendente "demais da conta" vem de uma pesquisa que ouviu cerca de 1,6 mil pessoas de todas as regiões do país, na primeira quinzena de setembro. Eis a lista: mineiros em primeiríssimo lugar (35%), seguidos de gaúchos (33%), paulistas (27%), cariocas (25%) e pernambucanos (17%).
Realizada pelo aplicativo de namoro happn, a pesquisa mostra ainda que 55% dos solteiros e solteiras brasileiros consideram a voz uma característica essencial na hora de escolher um "crush". E mais: 35% dos solteiros disseram que a voz tem o poder de criar simpatia ou antipatia logo em um primeiro momento.
A maior parte (86%) das pessoas ouvidas na pesquisa acredita ser possível "se apaixonar à primeira voz" pelo "crush", antes mesmo de ver uma foto dela. E aí entra aquela história de que cada palavra falada pode ser música para os ouvidos de alguém. Portanto, vale prestar atenção: os tipos de voz mais atraentes são sexy (28%), confiantes (22%), reservadas/tímidas (16%) e rouca (13%).
De acordo com informações do aplicativo, que fez o levantamento pela primeira vez, Belo Horizonte é a sexta cidade brasileira com mais usuários do happn, que lançou uma série de funções de voz no app "para tornar os encontros virtuais mais reais e trazer mais emoções aos solteiros". Conforme a empresa, o objetivo foi "entender o quanto é importante a voz nos relacionamentos".
Jeitinho mineiro de encantar
Junto há um ano, o casal de namorados Luciano Borges Pereira, carioca residente há 16 anos em Minas, e Maria da Glória Leite, residente em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), se conheceu no local de trabalho - ele é corretor de imóveis, ela, supervisora financeira.
Para Luciano, o povo de Minas tem um jeito meigo de falar. "No nosso caso, como trabalhamos juntos, não foi primordial, mas sempre ajuda", disse Luciano. Quanto aos cariocas, na quarta posição, ele brinca que "já estivemos no auge, agora tem que vir casar em Minas". Muito católico, o casal atua no Santuário Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Novo Eldorado, em Contagem.
Dizendo-se tímido para fotos, um casal de namorados residente em BH - ela, advogada, mineira, ele, paranaense, professor - está certo de que o sotaque faz toda a diferença. "Mineiro falando 'pertim' é muito 'bonitim', garante o professor, que também não resiste à quebra das sílabas. "Os mineiro vão cortando e emendando uma palavra. Às vezes, parece outra língua, mas quem ama acostuma", acrescente.
Em união estável há dois anos, Pedro, amazonense, e Antônio, mineiro (nomes fictícios), gostam do que ouvem. "A gente se apaixona pela pessoa por inteiro, mas a voz tem um encanto maior", diz Pedro. "Só não gosto, quando o mineiro diz 'ali' e a gente tem que andar horas para chegar ao lugar."
O conteúdo oferece um olhar único e com propriedade sobre a história de Belo Horizonte e de Minas Gerais desde a década de 1920.
Sabia Não, Uai!
O Sabia Não, Uai! mostra de um jeito descontraído histórias e curiosidades relacionadas à cultura mineira. A produção e apresentação são feitas pela repórter Déborah Lima, que conta com o apoio do vasto material disponível no arquivo de imagens do Estado de Minas, que inclui ainda as publicações dos extintos Diário da Tarde e revista O Cruzeiro.
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