Para tentar acabar de uma vez com todas com as enchentes e alagamentos na Avenida Tereza Cristina, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) pediu ao Estado mais R$ 39 milhões além de R$ 62 milhões previstos anteriormente. Esse foi o resultado da reunião do Comitê Especial para Ações Estruturantes de Combate a Enchentes, que reúne as duas prefeituras e a administração estadual.
Além dos R$ 62 milhões, o Governo de Minas destinou R$ 98 milhões a Contagem para resolver as inundações da Tereza Cristina, o que totaliza R$ 160 milhões. Um dos principais objetivos do encontro, realizado nessa terça-feira (19/10), é justamente encerrar com os recorrentes transtornos que duram, pelo menos, desde 1920. Inclusive,
entenda por qual motivo a avenida é palco constante de alagamentos quando há chuvas
.
firmado em maio deste ano
. O dinheiro vem da indenização paga pela Vale após o desastre de Brumadinho. "Reservamos, dentre as medidas de reparação da Vale, R$ 298 milhões para ajudar a solucionar o problema de enchentes no Córrego Ferrugem e Avenida Tereza Cristina em Contagem e BH. O Estado mantém diálogo com as prefeituras dessas duas cidades para levar adiante essa solução", afirmou o governador Romeu Zema (NOVO) à época.
A reunião foi a primeira desde o acerto do convênio,
Dos R$ 298 milhões anunciados por Zema, R$ 160 milhões haviam sido distribuídos entre BH e Contagem, como detalhado no início desta reportagem. O restante - R$ 138 milhões - serviria para as desapropriações necessárias para alargamento dos córregos e obras para evitar as enchentes.
A prefeitura da capital pediu dinheiro a mais, já que, segundo os dados apresentados, as obras vão ficar em R$ 101 milhões - R$ 39 milhões além dos R$ 62 milhões estimados anteriormente.
Uma nova reunião foi marcada nos próximos dias para que o Estado informe a possibilidade ou não de suplementação. O encontro vai acontecer em Contagem.
Solução à vista?
Técnicos do Governo de Minas avaliam se é possível reduzir a quantia prevista inicialmente para as desapropriações, de R$ 138 milhões, para dar o dinheiro a Belo Horizonte, ou se há a necessidade de pedir mais verba do acordo da Vale.
Fontes que acompanham o desenrolar do Comitê apontaram à reportagem que é provável que o valor seja destinado para BH, sem precisar de uma solicitação a mais, já que isso poderia atrasar muito mais o cronograma de projetos e o próprio andamento do trabalho - que ainda não tem data para começar, mas que precisa ser feito o quanto antes.