O principal suspeito do assassinato do professor José Wilton Andrade Júnior, de 52 anos, encontrado morto a golpes de faca em sua casa, na Rua Santa Margarida, Bairro Bom Pastor, em Varginha, Sul de Minas, foi preso nesta quarta-feira (20/10), num trabalho conjunto entre as polícias civis de Varginha e Três Pontas, onde aconteceu a prisão.
O crime ocorreu no domingo, mas o corpo somente foi encontrado na segunda-feira, quando a irmã da vítima estranhou não ter recebido nenhum contato dele, uma vez que se falavam diariamente.
Segundo relato da Polícia Militar, a vítima trajava roupas íntimas e tinha várias facadas espalhadas pelo corpo. Para entrar na casa, os policiais militares tiveram de pedir permissão de um vizinho do professor para cortar a cerca elétrica e saltar o muro. Não foi encontrado nenhum sinal de arrombamento.
A irmã da vítima deu pela falta do veículo do irmão, o Corsa placa OLU 6920, um notebook, uma televisão, um aparelho de telefonia fixa e um celular. Foi então emitido um alerta para todas as cidades da região.
A escolas municipais São José e Polivalente, onde o professor lecionava, suspenderam as aulas na terça-feira (19/10), dia em que a vítima foi sepultada, no Cemitério Municipal. A Prefeitura de Varginha também publicou uma nota de pesar.
Pista e captura
Na noite de terça-feira, o veículo roubado na casa do professor foi localizado na Zona Rural de Três Pontas. Além disso, foi feito o rastreamento do telefone da vítima e também do notebook, a partir do número de série, fornecido pela família.
Os policiais descobriram, através das redes sociais, que o suspeito estava negociando um computador em Três Pontas. Foi feita, então, a troca de informações entre os policiais de Varginha e desta cidade.
Seguindo os indícios, os policiais conseguiram chegar até o suspeito, que ao ser preso, negou envolvimento no crime. O depoimento dado por ele foi considerado vago pelo policiais. Ele já foi transferido para Varginha, onde passará por novo interrogatório.
O suspeito disse aos policiais que comprou o notebook de terceiros, no entanto, não apresentou qualquer prova, nem mesmo quem seria a pessoa que vendeu o aparelho. Foi coletado material genético do suspeito, com a conivência deste.