A barragem de rejeitos de Turmalina, no município de Conceição do Pará, Região Centro-Oeste de Minas Gerais, está em processo de fechamento. A previsão é que ela seja desativada até 2023, segundo a Jaguar Mining, empresa responsável por sua operação.
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De acordo com Sérgio Gonçalves Carnielle, engenheiro da Jaguar, a primeira etapa envolve o envelopamento da barragem e a construção de dispositivos de drenagem para viabilizar a estabilização física da estrutura e a condução do escoamento das águas de chuva na região do reservatório, o que permitirá que a estrutura não acumule água.
As demais fases estão previstas para 2022 e 2023 e contarão com a adequação do canal de cintura, construção de camada de aterro para implantação de cobertura vegetal, canal central de drenagem e regularização da crista da barragem.
Para fechar completamente a barragem, será colocada uma geomembrana, uma estrutura utilizada na contenção de rejeitos líquidos e sólidos. Visando a recuperação do ambiente, uma camada de solo para crescimento de vegetação e canais de condução de água serão colocados por cima da estrutura.
"Para reabilitação ambiental da área será construído um aterro em solo acima da geomembrana, cobertura vegetal e construção de canais de drenagem para condução do escoamento superficial de água para fora da barragem. Além disso, para monitoramento da estrutura são previstos medidores de nível d'água, piezômetros, e marcos superficiais".
Segundo Carnielle, o fechamento da barragem Turmalina vai aumentar a segurança operacional e promover a reintegração ambiental da área. "Apesar da comprovada segurança de todas estruturas, que são monitoradas e devidamente certificadas, a Jaguar planeja não utilizar barragens no longo prazo", diz.
A empresa possui quatro barragens de rejeito, mas planeja não utilizá-las mais. Além de Turmalina, a barragem Moita, localizada em Caeté, também se encontra em processo de fechamento e será desativada até 2025.
Ambas encerrão as atividades pela aproximação do término de vida útil da estrutura, que é quando a capacidade de receber rejeitos se aproxima do fim. Ao todo, os investimentos passam dos milhões, sendo aproximadamente R$ 13 milhões destinados para Moita e R$ 38 milhões para Turmalina.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria