Um homem de 52 anos foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nesta quinta-feira (21/10) pelo assassinato do sobrinho de sua ex-esposa, ocorrido em 13 de setembro deste ano, em Aimorés, no Vale do Rio Doce. Este homem está sendo acusado de ser o mandante do homicídio triplamente qualificado, que, segundo as investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, foi praticado por motivo torpe, mediante pagamento de recompensa e com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima.
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O MPMG também acusa um homem de 30 anos de ter executado o crime, e outro, de 32 anos, de ter intermediado o contato entre o mandante e o autor do assassinato. O trio, que morava no estado do Espírito Santo, à época do fato, foi denunciado também responderá por associação criminosa, além do homicídio.
O acusado de ser o executor ainda responde por adulteração da placa do veículo usado no crime. Atualmente, os três acusados se encontram presos, por terem se unido para cometer o crime.
A trama criminosa
Tudo começou, segundo as investigações, com o intermediador indicando ao mandante uma pessoa para assassinar seus desafetos. A primeira vítima seria o sobrinho da ex-esposa. O trio teria, inclusive, em algumas ocasiões, ido a Aimorés para mostrar ao contratado o alvo deste assassinato.
Na ocasião, segundo o MPMG, o intermediador e o contratado teriam ido à loja de celular da vítima a pretexto de consertar uma peça de telefone, enquanto isso, o acusado de ser o mandante permanecia num veículo parado nas imediações.
“Nessa viagem, os denunciados ainda teriam sacado, numa agência bancária local, parte do valor combinado para a execução do crime. Além desses detalhes, a polícia apurou que o autor do delito teve o carro consertado e recebeu uma arma dos outros denunciados para cometer o homicídio”, informou o MPMG.
Câmeras filmaram o crime
Câmeras de segurança próximas à casa da vítima filmaram o crime. Nas imagens é possível ver o executor saindo do carro, que estava com a placa adulterada com fita adesiva, efetuando os disparos e voltando ao veículo. Em seguida, ele dirige até sua residência em Santa Maria de Jetibá, no ES.
No trajeto, ele retirou o adesivo que impedia a identificação do carro. Mas foi com essas imagens que as polícias de Minas e Espírito Santo localizaram e efetuaram a prisão do acusado. Ao ser questionado, ele informou onde estava a arma do crime, apreendida pelos policiais.
O promotor de Justiça Rômulo Cheguevara Gandhi Costa Pereira, ao oferecer a denúncia, pede, além da condenação dos acusados por homicídio triplamente qualificado, que eles sejam sentenciados a pagar indenização aos sucessores da vítima pelos danos materiais e morais causados com o assassinato.