“Nunca passei por uma situação igual a essa”, disse a vítima. Com o chute e a forma como caiu, um dos tornozelos foi ferido e ficou inchado. Ela ainda perdeu o aparelho celular no mesmo dia.
De acordo com a Polícia Civil, há um suspeito, que será chamado para reconhecimento e, se for o caso, prestar depoimento.
Transfobia
Atualmente Luara trabalha como doméstica durante o dia e faz distribuição de camisinhas em uma atividade social desenvolvida pela ONG Triângulo Trans, pela qual ela responde há oito anos aproximadamente.
Para a vítima, esse foi um crime de transfobia. “Acho que se tratou de um total desrespeito a uma pessoa e também um crime de ódio. Queria saber o motivo, só porque ele não leva a sério minha orientação sexual?”, questionou.
Luara contou que nesta mesma semana uma outra mulher trans foi agredida na cidade de Uberlândia, com ovos sendo jogados contra ela. O rosto da vítima foi machucado.
“Destacamos que tal atitude é incompreensível, colocando-a (Luara) no lugar de qualquer ser humano. (…) Todo ser humano merece ser respeitado e tratado da mesma forma”, diz nota da ONG Triângulo Trans, divulgada na página oficial da entidade.