Moradores de Belo Horizonte com 34 anos estão sendo imunizados com a segunda dose da
vacina contra a COVID-19 nesta terça-feira (26/10). Há também alguns idosos que ainda estão tomando a dose de reforço.
No posto drive-thru da UFMG, a reportagem conversou com alguns vacinados que disseram sentir alívio e segurança em poder completar a imunização, principalmente os idosos, que estão tomando a dose extra.
A advogada Cibelle Andreata Silveira Becho, de 34 anos, conta que tomou a segunda dose da Pfizer e que não teve reação com a vacina na primeira dose. Ela diz sentir muita felicidade pois agora tem mais segurança para poder visitar parentes distantes: “Tenho uma irmã gêmea que não mora no Brasil e agora, depois de tanto tempo, vou poder voltar a visitá-la novamente, com segurança”.
Cibelle acha que a flexibilização dos comércios e realização de eventos pode contribuir para um novo pico do vírus: “Vendo as notícias na mídia dá para perceber que os casos graves de internação já não ocorrem com tanta frequência, acredito que seja por causa da vacinação, mas os estabelecimentos precisam ter um controle das pessoas que estão frequentando, se estão vacinadas, inclusive os eventos. Acho que só assim será possível não ter uma alta na transmissão, mais uma vez”.
Opinião parecida tem o corretor de imóveis Rui Celio Siqueira Bento, de 36, que também completou a imunização. Ele relatou ser uma sensação muito reconfortante poder se vacinar contra o vírus: “Fiquei muito feliz, porque no atual cenário político que estamos vivendo, achei que ia demorar muito para esta vacina chegar.”
“Eu acredito que a vacina em si é um avanço na situação que estamos vivendo, e penso que se tivesse vindo antes muitas vidas poderiam ter sido poupadas. Vejo a vacinação como uma saída para a retomada da vida. Além de ser um benefício que o SUS nos oferece, se tornando mais uma chance para continuarmos vivos e com saúde”, afirma.
Em relação a volta dos altos números de contágio, Rui não tem dúvidas: “Se as pessoas quebrarem os protocolos de segurança, não usarem máscara, álcool em gel e evitarem aglomerações, pode sim vir a ter uma nova alta taxa de contágio do vírus, visto que estes são os principais fatores de transmissão, como já foi comprovado pelos médicos”.
Os entrevistados afirmaram acreditar na permanência do vírus por um período maior de tempo na sociedade. Eles também acreditam que a vacinação contra a COVID será "anual", como já acontece com a da gripe.
O comerciante Levy Anacleto Ramos, de 73, tomou a dose de reforço na manhã desta segunda-feira (26/10). Ele contou que tomou as duas primeiras doses da Coronavac e na terceira tomou Pfizer. “ Não tive reação em nenhuma das doses”.
"Sempre acreditei nas vacinas e tomei todas que foram necessárias, sendo gratuitas ou particulares. Esta dose de reforço acredito que seja um preventivo para evitar males maiores deste vírus, caso venha a contraí-lo”, acrescenta.
“Em outras doenças graves já foi comprovado pela ciência a eficácia das vacinas e que elas podem salvar vidas. Portanto, acho que se todo mundo fizer o dever de casa, este vírus vai ser derrotado. Temos que ter fé em Deus também”, acrescenta o comerciante.
De acordo com a PBH, para tomar as doses é necessário levar o cartão de vacina, CPF, comprovante de endereço em Belo Horizonte e documento oficial com foto.
O horário de funcionamento dos locais de vacinação em dias úteis é das 8h às 17h para pontos fixos e extras e das 8h às 16h30 para pontos de drive-thru.
Há também pontos de vacinação com horário noturno, que funcionam de segunda a sexta-feira. Confira os horários e endereços:
- UFMG Campus Saúde (Escola de Enfermagem): avenida Professor Alfredo Balena, 190 - Santa Efigênia – Funcionamento das 12h às 20h;
- Faculdade Pitágoras: rua dos Timbiras, 1.375 - Funcionários – Funcionamento das 8h às 20h;
- UNA-BH: rua Aimorés, 1.451 - Lourdes – Funcionamento das 8h às 20h;
- Faminas-BH: avenida Cristiano Machado, 12.001 - Vila Clóris – Funcionamento das 8h às 20h.
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Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira
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