A prefeitura da pequena Botumirim, no Norte de Minas, baixou decreto, suspendendo todas as atividades não essenciais depois do registro de um surto da COVID-19 nesta semana na cidade. Entre a quinta-feira (21/10) e segunda-feira (25/10) foram registrados 34 novos casos do coronavírus no município, que tem 6,25 mil habitantes. Grande parte dos contaminados é formada por servidores municipais.
A suspeita é de que as novas contaminações ocorreram após uma festa de aniversário, realizada em um sítio na zona rural do município, em 16 de outubro. A comemoração reuniu cerca de 30 pessoas.
Botumirim foi uma das seis cidades brasileiras que permaneceram os primeiros sete meses da pandemia no Brasil (de março a outubro de 2020) sem moradores contaminados pelo coronavírus.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, desde o início da pandemia foram registrados 281 casos da COVID-19 e cinco mortes provocadas pela doença - sendo que o último óbito ocorreu em 25 de maio, há cinco meses.
Conforme a coordenadora municipal de Saúde de Botumirim, Larissa Santos, na quinta-feira (21/10) foram registrados seis novos casos de coronavirus na cidade. O número passou para 17 casos na sexta-feira e continuou em crescimento nos dias seguintes, chegando a 34 na segunda-feira (25/10).
Larissa Santos está interinamente no comando da Secretaria de Saúde de Botumirim, em substituição à titular, Jéssica Carvalho, também contaminada pela COVID-19. Ela está em isolamento, assintomática.
Das 34 pessoas que testaram positivo para o coronavirus na cidade, 15 são funcionários municipais.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, apenas um paciente, que é motorista da prefeitura, precisou ser internado - ele se encontra no Hospital Universitário Clemente de Faria, em Montes Claros, em recuperação. Os demais permanecem em isolamento domiciliar.
Conforme o decreto assinado pela prefeita de Botumirim, Ana Neta (PSC), a Naninha, as atividades não essenciais continuarão suspensas no município até 6 de novembro.
A prefeitura anunciou outras providências após o surto dos 34 novos casos da COVID-19, como a aquisição de testes do coronavirus para a população, a compra de medicamentos indicados pelo Ministério da Saúde para o tratamento da doença e reforço do estoque de oxigênio hospitalar.