Um grupo, estruturado organizacionalmente, era responsável por buscar entorpecentes no estado do Mato Grosso do Sul, em especial, na cidade de Ponta Porã, e levá-los até a cidade mineira, assim como fazer, também, a distribuição.
As investigações tiveram início em fevereiro deste ano, quando dois residentes de Poços de Caldas e um de São João da Boa Vista (SP) foram presos com cerca de 120 quilos de maconha em Ponta Porã (MS).
Ao efetuarem essa prisão, os policiais tiveram a certeza de que o destino da droga seria a cidade do Sul de Minas. Em julho, foi apreendido um outro carregamento, este com 220 quilos de maconha, na cidade paulista de Marília. Em agosto, uma terceira apreensão, 170 quilos da erva, em São João da Boa Vista.
Os policiais começaram a trabalhar com suspeitos de integrar a mesma quadrilha e, em setembro, um outro morador de Poços de Caldas foi preso em Ponta Porã, dirigindo uma caminhonete adulterada.
Três mandados de prisão foram cumpridos em Ponta Porã e outros dois em Marília. Houve, ainda, o cumprimento de três mandados de prisão e três de busca e apreensão na cidade de Poços de Caldas, e, em São João da Boa Vista, aconteceram três prisões e duas buscas e apreensões.
As investigações
O trabalho de investigação contou com a participação de 30 policiais civis de Poços de Caldas e Andradas, Sul de Minas, e de São João da Boa Vista (SP), além das polícias penais de Ponta Porã (MS) e Marília (SP).
As investigações foram conduzidas pela Agência de Inteligência de Poços de Caldas, que contou com o apoio da Delegacia de Polícia de São João da Boa Vista, a DISE (Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes).
Os traficantes usavam, sempre, veículos clonados – adulterados, provenientes de crimes patrimoniais, como furto e roubo –, geralmente caminhonetes, que eram levados para o Mato Grosso do Sul como parte do pagamento da droga. Os pontos de parada, os hotéis e a rota eram meticulosamente programados pelos criminosos.
Esses veículos retornavam com grande quantidade de drogas, em segurança, pois a organização criminosa utilizava um batedor. Havia sempre um carro ou motocicleta, que seguia na dianteira da rota para informar se havia barreiras policiais no trajeto.