
"O Abrigo São Paulo não possui estrutura adequada de hospedagem para famílias e principalmente para povos tradicionais, em franco desrespeito à legislação, tendo em vista a falta de política pública municipal de acolhimento de migrantes. O grupo encontra-se amontoado em local insalubre, separados apenas por uma tela de proteção dos demais abrigados", disse a defensora.
Os imigrantes chegaram a Belo Horizonte no dia 28 de setembro. No entanto, parte dos venezuelanos testou positivo para a COVID-19. Foi então que no dia 8 de outubro um bebê foi internado por complicações da doença, morrendo na última sexta, no Hospital João Paulo II. O grupo de indígenas é formado, em sua maioria, por mulheres, crianças, um recém-nascido e gestantes.
Providências
De acordo com Rachel Passos, a Defensoria vai oficiar a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a direção do Abrigo São Paulo para obter documentos sobre o local. A Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania também será acionada por meio de um ofício para que a comunidade seja atendida em suas necessidades mais básicas.
O órgão deu 10 dias para que os venezuelanos sejam levados para um local adequado. Caso a situação não mude, a Defensoria não descarta entrar com uma ação judicial.
Em nota, a PBH disse que tem mobilizado equipes para atendimento e acolhimento emergencial do grupo. O Executivo municipal também disse que não foi previamente informado sobre a chegada do grupo a Belo Horizonte.
Sobre o bebê que morreu, a prefietura disse que fazia o cadastramento das pessoas no SUS, além de uma avaliação clínica, quando foi identificado que a criança estava com sintomas de desidratação. Ela foi levada para a UPA Norte, porém, foi transferida para o Hospital João Paulo II devido ao agravamento do quadro.
"Foram realizadas visitas para a identificação de espaços para acolhimento adequado. Diálogos estão sendo realizados com o grupo para que seja possível iniciar o deslocamento", concluiu, em nota, a PBH.
Sobre o bebê que morreu, a prefietura disse que fazia o cadastramento das pessoas no SUS, além de uma avaliação clínica, quando foi identificado que a criança estava com sintomas de desidratação. Ela foi levada para a UPA Norte, porém, foi transferida para o Hospital João Paulo II devido ao agravamento do quadro.
"Foram realizadas visitas para a identificação de espaços para acolhimento adequado. Diálogos estão sendo realizados com o grupo para que seja possível iniciar o deslocamento", concluiu, em nota, a PBH.
Veja, na íntegra, o posicionamento do município
Desde a chegada do grupo em Belo Horizonte, que aconteceu sem que a Prefeitura fosse previamente informada, o Executivo Municipal tem mobilizado equipes para atendimento e acolhimento emergencial. As equipes da Secretaria Municipal de Saúde foram direcionadas ao Abrigo São Paulo para prestar toda a assistência necessária. Foi elaborado um plano de ação que incluía o cadastramento das pessoas no SUS e a avaliação clínica, com consultas médicas e de enfermagem. Durante os atendimentos foi identificada uma criança com comprometimento clínico e sintomas de desidratação, sendo prontamente encaminhada para a UPA Norte. Com o agravamento do quadro clínico, foi necessária a internação hospitalar. Foram realizadas visitas para a identificação de espaços para acolhimento adequado. Diálogos estão sendo realizados com o grupo para que seja possível iniciar o deslocamento.
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