Os pacientes ortopédicos do Hospital Municipal de Governador Valadares, atendidos no anexo do Hospital São Vicente, estão recebendo atendimento de fisioterapia pré e pós-cirúrgica desde o início desta semana.
A iniciativa é resultado de uma pareceria entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e o curso de Fisioterapia da Universidade Vale do Rio Doce (Univale). Os atendimentos serão feitos nas segundas e quartas-feiras, de 13h30 às 17h30min.
“Isso é algo impactante, no ponto de vista de assistência à população. O nosso objetivo é reduzir as sequelas das fraturas, pois só a cirurgia, em alguns casos, não é suficiente. O paciente precisa do movimento e com este trabalho integrado de fisioterapia, podemos ter um prognóstico cada vez melhor”, explica o médico Alcides Lopes Junior, coordenador da Ortopedia do Hospital Municipal, no anexo do Hospital São Vicente.
Os atendimentos na ortopedia são ambulatoriais, com consultas e orientações quanto aos cuidados e exercícios indicados para pacientes pré e pós-operatórios, para uma perfeita reabilitação de cada caso, de acordo com o preceptor Leonardo Peres. Ele acredita que o projeto é algo novo, que vai agregar muito para traumato-ortopedia.
“Nossos alunos vão poder aplicar as habilidades adquiridas nas disciplinas e isso traz um ganho muito grande na formação desses profissionais”, diz Peres.
A aluna do curso de Fisioterapia da Univale, Aline Bárbara Andrade Carvalho, disse ser privilegiada em participar desse estágio. “Com esta oportunidade podemos ter uma vivência clínica, pois é um momento de contato direto com os pacientes que enriquece nosso currículo e por fim visa uma qualidade cada vez melhor de atendimento e recuperação pra ele”, diz.
A descentralização dos atendimentos de ortopedia, que até julho de 2021 eram oferecidos aos pacientes no Hospital Municipal, foi necessária, de acordo com a secretária municipal de Saúde, Caroline Sangali, para melhorar o fluxo de atendimento para estes pacientes.
“A medida foi tomada para humanizar o atendimento em saúde na cidade. Os espaços onde ficava a ortopedia precisou se transformar em uma UTI COVID-19. Então os pacientes ortopédicos estavam sendo atendidos no corredor do hospital. Por isso, analisamos, planejamos e fizemos uma gestão responsável para alocar estes pacientes de forma adequada e humanizada”, diz.
O coordenador do setor de ortopedia do HM, Alcides Lopes, vê o anexo como um enorme ganho para a assistência no município. “Nosso hospital é referência para a região em trauma e com o atendimento aqui conseguimos melhorar o fluxo assistencial de pré e pós-operatório destes pacientes trazendo a hotelaria do HM para este espaço. Já que o setor de ortopedia foi também foi muito machucado pela pandemia”, afirma.