Jornal Estado de Minas

REGISTRO

Crimes do novo cangaço tiveram queda expressiva em Minas Gerais

Os crimes do chamado "novo cangaço" estão em queda expressiva em Minas Gerais.  Segundo o coronel Fernando Marcos dos Reis, comandante da 9ª Região de Polícia Militar, que integra o Grupo de Inteligência da PMMG e de combate a esse tipo de crime, Minas registrou apenas três casos da modalidade em 2021. Já durante o período crítico, entre 2011 e 2014, foram 386 ocorrências.



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"Os crimes  do novo cangaço já preocupam há mais de uma década", afirma o coronel. A utilização de explosivos teve início em 2013, pois segundo o coronel, foi quando se registraram os primeiros casos, e a Polícia Militar adotou um treinamento específico para combater esse tipo de crime.

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“No início, as quadrilhas utilizavam um motoqueiro para colocar o explosivos, este fazia a instalação e outros membros da quadrilha recolhiam o dinheiro, depois de a agência ter sido explodida”, diz o coronal.


O Serviço de Inteligência da PM identificou que as quadrilhas eram provenientes de São Paulo e, com isso, a corporação conseguiu dar um passo à frente no combate ao novo cangaço. “Passamos a fazer um planejamento com as agências bancárias. Primeiro, foram instaladas portas de aço. Em seguida, lutamos por criações de leis que obrigavam, por exemplo a instalação de câmeras de filmar nas agências. Tivemos de melhorar a estrutura”, afirma.





Com as normas de condutas criadas pela PM mineira, os números desse tipo de crime foram caindo.  Ele diz ainda que aumentou, muito, o número de óbitos de criminosos que enfrentaram a PM. “Esse detalhe faz a criminalidade recuar.”


Plano de ação

A partir do crescimento desse tipo de crime, a PM determinou um plano de defesa territorial, com a adoção de medidas preventivas. O bloqueio de estradas e o treinamento constante é uma das principais ações da PM, conta o coronel.


Hoje, o projeto avançou para o uso de drones, que ajudam a patrulhar as regiões de bancos e existe uma troca, constante de informações com as polícias Federal e Civil, e Polícia Rodoviária Federal.


“Hoje, por exemplo, depois de um ataque do novo cCangaço, em uma hora o BOPE chega com sua tropa ao local e também cercando possíveis rotas de fuga. Isso ajuda muito, é importante”, afirma ele.


Os treinamentos, em Uberlândia, por exemplo, de combate ao novo cangaço, são feitos diariamente, principalmente durante a madrugada. São feitas, também, várias simulações, em agências bancárias e transporte de valores.


“Estudamos cada caso que acontece, por exemplo. Como o de Araçatuba, do assalto à agência do Banco do Brasil, em agosto deste ano. Estudamos cada detalhe, pois isso nos ensina como agir”, explica o coronel Fernando.


 





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