Jornal Estado de Minas

ROUBO A BANCOS

Novo cangaço já atuou em Minas e São Paulo; relembre outros casos


Não é a primeira vez que quadrilhas especializadas em roubo a bancos invadem cidades de Minas na tentativa de roubar agências bancárias, geralmente de cidades menores e com menor aparato policial. O 'novo cangaço', termo utilizado para designar esses bandos que agem usando violência em suas operações, também tem atuado principalmente no interior e em São Paulo.  
 

Veja abaixo a atuação anterior do novo cangaço em Minas, São Paulo e Santa Catarina: 

Relembre

Araçatuba (SP)

Na madrugada de 30 de agosto deste ano, ao menos 20 criminosos fortemente armados invadiram a cidade do interior paulista, incendiaram veículos e explodiram duas agências bancárias, atacando uma terceira. Os criminosos aterrorizaram a população espalhando 100 quilos de explosivos pelas ruas. 





Na ocorrência, que terminou com ao menos três pessoas mortas - dois moradores e um suspeito de participar do crime - começou por volta da meia-noite e terminou cerca de duas horas depois, teve o uso de drones, para monitorar a chegada da polícia, e veículos incendiados em rodovias para dificultar o acesso aos locais dos crimes.

Após o roubo milionário, os assaltantes deixaram para trás cerca de 200 quilos de explosivos em alguns pontos de Criciúma (SC) (foto: Divulgação)

Criciúma (SC)

No dia 1º de dezembro de 2020, as atenções do país foram voltadas para Criciúma. O município, localizado no Sul de Santa Catarina, vivenciou horas de terror após o assalto de grandes proporções a uma agência bancária. Foi o maior roubo já registrado na história do Estado. 

Pelo menos 30 criminosos armados em dez veículos lançaram um caminhão em frente a um Batalhão da Polícia Militar e atearam fogo. Houve troca de tiros e um policial foi atingido. 

Já no início da madrugada, o alvo dos assaltantes era a agência do Banco do Brasil, no Centro da cidade. Eles utilizaram explosivos durante o ataque, fizeram diversos disparos e reféns. 





Após o roubo milionário, os assaltantes conseguiram fugir do local, deixando para trás  cerca de 200 quilos de explosivos em alguns pontos da cidade.

Na ocasião,  parte do dinheiro roubado ficou espalhado pelas ruas da cidade - quatro pessoas que foram flagradas recolhendo dinheiro foram presas. Com elas, foram apreendidos  %u200Bcerca R$ 810 mil.

Uberaba (MG) 

Membros da quadrilha do 'Novo Cangaço' também atacaram agências bancárias em Uberaba
, em 27 de junho de 2019, transformando a cidade do Triângulo numa praça de guerra. 

O grupo atacou Uberaba por volta das 3h30, chegando ao Centro, onde utilizaram caminhões como barricadas e o fogo cerrado de fuzis de guerra para intimidar as forças de segurança pública. A resposta policial, no entanto, foi praticamente imediata e não restou outra opção aos bandidos que não a fuga com a polícia em seu encalço. Três pessoas ficaram feridas, sendo duas levemente e uma mulher de 21 anos ficou em estado gravíssimo.





Num desses cercos, os bandidos tiveram de tomar sete pessoas que estavam numa fazenda como reféns, dentro de um caminhão. Após mais de 2 horas de negociações, 10 criminosos se renderam. Foram apreendidas armas de alto poder de fogo: 11 fuzis e carabinas calibres 5.56 e 7.62, um fuzil adaptado calibre .50, uma pistola 9 milímetros, uma pistola .40, dezenas de carregadores, farta munição e coletes balísticos.

Santa Margarida (MG)
 
Em 10 de julho de 2017, um policial militar e um vigilante do Banco do Brasil morreram em um assalto a duas agências bancárias em Santa Margarida, na Zona da Mata.

Na ocasião, a ação dos bandidos na cidade mineira, flagrada por câmeras de segurança e também por vídeos dos próprios moradores, chocou a população por conta da crueldade dos ladrões, que mataram o cabo Marcos Marques da Silva, de 36 anos, após cruzarem com o militar em uma esquina da cidade e também o vigilante do Banco do Brasil, Leonardo José Mendes, 53, que tentou se render com a aproximação dos bandidos, mas foi atingido com um tiro na cabeça.

Itamonte (MG)

Há 7 anos, nove bandidos foram mortos em Itamonte, no Sul de Minas Gerais. Cerca de vinte suspeitos fortemente armados invadiram a cidade em 2014  e explodiram caixas eletrônicos.