A Polícia Civil informou, na noite desta segunda (1º/11), que identificou os corpos de três suspeitos mortos na operação contra o novo cangaço, realizada na madrugada desse domingo (31/10), em Varginha, Sul de Minas.
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Ainda de acordo com a Polícia Civil, não há prazo para liberação dos 26 corpos, nem mesmo uma estimativa. O trabalho de investigação acontece por comparação e começou na manhã de domingo, por volta das 6h, virando a madrugada desta segunda.
Nunis nasceu em Novo Arapuanã, no interior do Amazonas, mas portava documentos de Rondônia. Ele era investigado por participação na explosão de um caixa eletrônico, crime ligado ao novo cangaço, dentro da Assembleia Legislativa de Rondônia.
Em 2019, Nunis fugiu do Complexo Penitenciário Santa Izabel, no estado do Pará. Ele também sequestrou um engenheiro da prefeitura de Porto Velho em 2015, além de outras ocorrências.
Gleisson Fernando da Silva Morais nasceu em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Já Gerônimo da Silva Souza Filho é nascido em Porto Velho.
A operação
A operação da Polícia Militar (PM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aconteceu em dois sítios localizados em Varginha. Oficialmente, a PM informa que houve dois confrontos.Na primeira chácara, 18 suspeitos foram mortos. Já na segunda mais oito morreram. Nenhum policial se feriu.
De acordo com a corporação, eles participariam de ataques a agências bancárias no domingo ou nesta segunda na Região Sul do estado.
Com eles, a polícia encontrou e apreendeu um arsenal de guerra com fuzis, explosivos, pistolas, carregadores, 5.059 balas e outros materiais, como roupas, rádios, coletes e canetas laser.
Durante coletiva de imprensa sobre a operação, as autoridades revelaram que o alvo da quadrilha seria o Setor de Retaguarda e Tesouraria do Banco do Brasil (Seret) ou alguma empresa de transporte de valor.
"O trabalho começou após denúncias anônimas. É uma operação que foi planejada e muito bem estruturada. O grande êxito da operação foi esse: nenhum cidadão teve alguma situação de risco. A ideia era fazer a prisão, mas quando notaram a presença dos policiais, revidaram", explicou o chefe da comunicação da PRF, inspetor Aristides Júnior.