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Estado de Minas HOMENAGEM

Sem restrições no Finados: famílias prestam homenagem em cemitérios de BH

Cada família levou as próprias flores para embelezar os túmulos. Não foi permitida a venda no local e acesso ocorreu sem agendamento, mas com protocolos


02/11/2021 13:13 - atualizado 03/11/2021 14:01

Flores nos túmulos, no Cemitério do Bonfim
Devido à COVID-19, não foi permitida a venda de flores no local (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)

 

O movimento foi intenso nos cemitérios de Belo Horizonte, nesta terça-feira (2/11), Dia de Finados, depois da liberação da visitação sem agendamento prévio pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. Depois de dois anos com protocolos rígidos para evitar a transmissão da doença, a flexibilização permitirá visitas no período das 7h às 17h30. A autorização foi dada pelo Comitê de Enfrentamento à COVID-19, que assessora a Prefeitura de Belo Horizonte na tomada de decisões.

 

O advogado Rodrigo Teixeira Cavalcanti de Albuquerque, de 54 anos, aproveitou o Dia de Finados para agradecer aos pais. Ele foi visitar os túmulos onde a mãe, Linê Teixeira Cavalcanti de Albuquerque, que morreu aos 89 anos, e o pai Alberto Cavalcanti de Albuquerque Filho, morto aos 92, estão sepultados, no Cemitério do Bonfim, no Bairro Bonfim, em Belo Horizonte. 

 

Homem faz oração no túmulo onde os pais estão enterrados
O advogado Rodrigo Teixeira aproveita o Dia de Finados para visitar o túmulo dos pais, momento em que faz um agradecimento a eles (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
 

 

A mãe morreu em 8 de junho de 2019 e o pai em julho de 2021. "Sempre vou lá, oro, faço uma meditação, agradeço tudo o que eu tive na minha vida. Só tenho a agradecer. Eles me deram muito."  O movimento nos cemitérios, apesar de intenso, foi bem tranquilo. "Foi a primeira vez depois do falecimento do meu pai, com protocolo de 10 pessoas, que voltei ao Bonfim."

 

Apesar da flexibilização, a orientação foi para que cada família levasse as próprias flores e não foi permitida a venda no local. Também foram mantidos os cuidados, como o uso de máscaras e álcool em gel.

 

Como as missas presenciais ainda não estão liberadas, o arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo gravou uma mensagem para o Dia de Finados. O sacerdote prestou homenagem às vítimas da COVID-19 e rezou para as famílias enlutadas neste tempo de pandemia. "Um bom sentido para o dia de finadas é lembrar que cada vida é oferta, um dom que se desdobra em serviço à sociedade."

 

 

 

Ele também lembrou Jesus Cristo, que venceu a morte e ressuscitou no terceiro dia, conforme a Bíblia: "Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê, ainda que tenha morrido, viverá". No exemplo de Cristo, ele afirmou que "a vida resplandecerá".


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