O movimento foi intenso nos cemitérios de Belo Horizonte, nesta terça-feira (2/11), Dia de Finados, depois da liberação da visitação sem agendamento prévio pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. Depois de dois anos com protocolos rígidos para evitar a transmissão da doença, a flexibilização permitirá visitas no período das 7h às 17h30. A autorização foi dada pelo Comitê de Enfrentamento à COVID-19, que assessora a Prefeitura de Belo Horizonte na tomada de decisões.
O advogado Rodrigo Teixeira Cavalcanti de Albuquerque, de 54 anos, aproveitou o Dia de Finados para agradecer aos pais. Ele foi visitar os túmulos onde a mãe, Linê Teixeira Cavalcanti de Albuquerque, que morreu aos 89 anos, e o pai Alberto Cavalcanti de Albuquerque Filho, morto aos 92, estão sepultados, no Cemitério do Bonfim, no Bairro Bonfim, em Belo Horizonte.
A mãe morreu em 8 de junho de 2019 e o pai em julho de 2021. "Sempre vou lá, oro, faço uma meditação, agradeço tudo o que eu tive na minha vida. Só tenho a agradecer. Eles me deram muito." O movimento nos cemitérios, apesar de intenso, foi bem tranquilo. "Foi a primeira vez depois do falecimento do meu pai, com protocolo de 10 pessoas, que voltei ao Bonfim."
Apesar da flexibilização, a orientação foi para que cada família levasse as próprias flores e não foi permitida a venda no local. Também foram mantidos os cuidados, como o uso de máscaras e álcool em gel.
Como as missas presenciais ainda não estão liberadas, o arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo gravou uma mensagem para o Dia de Finados. O sacerdote prestou homenagem às vítimas da COVID-19 e rezou para as famílias enlutadas neste tempo de pandemia. "Um bom sentido para o dia de finadas é lembrar que cada vida é oferta, um dom que se desdobra em serviço à sociedade."
Ele também lembrou Jesus Cristo, que venceu a morte e ressuscitou no terceiro dia, conforme a Bíblia: "Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê, ainda que tenha morrido, viverá". No exemplo de Cristo, ele afirmou que "a vida resplandecerá".