Jornal Estado de Minas

CLIMA

Outubro foi o mês mais chuvoso em 10 anos em BH, com 240 milímetros


Choveu 130% acima da média histórica em Belo Horizonte em outubro e o mês foi o mais chuvoso da década. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), outubro fechou com 240 milímetros, quase o dobro do ano passado, quando foram registrados 123 milímetros.





Conforme o meteorologista Ruibran dos Reis, o grande volume de chuva já era esperado para o mês e, em novembro, deve chover de 30 a 40% acima do normal.



Ontem (1º), três regionais da capital já registravam 40% da precipitação esperada para todo o mês. São elas: Centro-Sul, Leste e Noroeste, conforme levantamento da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil da capital mineira.

"Vai chover bem, mas diferentemente de outubro, que choveu 130% acima da média", destacou o meteorologista. 

Segundo ele, pelo menos até o próximo sábado (6/11), a previsão é de trégua nos temporais. "As temperaturas estão em elevação e as pancadas de chuva voltam no domingo na Região Metropolitana de Belo Horizonte", alertou. Conforme informou a pouco a Defesa Civil de BH, há "baixíssima possibilidade de chuvas na capital e na maior parte da Região Metropolitana nesta terça-feira (2/11)".

Para Minas Gerais, ainda vale o alerta de chuva forte no Norte, Nordeste e Leste nesta terça-feira por causa da atuação das áreas de instabilidade atmosféricas comum nesta época do ano que cobrem boa parte do Brasil central, segundo o Inmet.



Enchentes


O primeiro dia de novembro foi marcado por pancadas de chuva frequentes e uma tempestade no início da noite que resultou em enchentes em diversos pontos de Belo Horizonte e de cidades da Região Metropolitana da capital. Em Contagem, uma mulher ficou pendurada em cima de um carro e precisou ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, na Avenida Tereza Cristina. Ainda nessa via, as autoridades registraram transbordamento do Ribeirão Arrudas em diversos pontos, sobretudo na altura da Vila São Paulo.

Além da Tereza Cristina, as avenidas Francisco Sá e Silva Lobo, na Região Oeste, também precisaram ser interditadas devido ao transbordamento dos córregos Piteiras e dos Pintos. Foi o mesmo problema da Rua Joaquim Murtinho com Avenida Prudente de Morais, no Bairro Santo Antônio, devido ao nível mais alto do Córrego do Leitão, que invadiu a pista.

Mais cedo, outras duas avenidas sempre atingidas pelas cheias foram fechadas: a Vilarinho, em Venda Nova, e Cristiano Machado, no Nordeste da cidade. Em ambos os casos não houve transbordamento do Córrego Vilarinho e do Ribeirão do Onça. Portanto, a interdição foi realizada de forma preventiva.

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