Investigadores da Polícia Federal foram à Varginha, no Sul de Minas, nesta terça-feira (2/11), para fazer a perícia técnica nos sítios onde a suposta quadrilha do ‘novo cangaço’ se instalou. Os trabalhos estão sendo feitos dois dias após a operação.
A TV Alterosa Sul de Minas, que acompanha os trabalhos periciais, mostrou que os policiais utilizam drones para mapeamento aéreo das áreas e para ter mais detalhes do local onde os homens estavam escondidos. Além disso, os agentes colhem informações diversas, como a inspeção dos buracos provocados por projéteis (balas de fogo).
A perícia é fundamental para a conclusão do inquérito que investiga os 26 homens mortos pela polícia.
Operação policial em Varginha
A operação das polícias Militar de Minas Gerais (PMMG) e Rodoviária Federal (PRF) que resultou na morte de 26 acusados de envolvimento no 'novo cangaço', em Varginha, no Sul de Minas Gerais, na madrugada deste domingo (31/10), abortou, de acordo com o comando da megaoperação, ataque que estava sendo preparado a um centro de distribuição de valores do Banco do Brasil no município mineiro.
A expressão 'novo cangaço' tem designado ataques de quadrilhas que se tornaram frequentes desde o fim dos anos 1990, estruturados para invadir pequenas cidades e assaltar bancos.
O grupo de criminosos foi surpreendido em duas chácaras, de acordo com a polícia, onde houve reação e foi recolhido armamento de guerra, inclusive armas que são de uso exclusivo das Forças Armadas.
Confronto com a polícia
A ação dos policiais ocorreu em dois sítios localizados em Varginha. Oficialmente, a PM informa que houve dois confrontos. Na primeira chácara, 18 suspeitos foram mortos e na segunda mais oito pessoas morreram. Nenhum policial se feriu. A corporação informou que eles participariam de ataques a agências bancárias ontem ou hoje na Região Sul do estado.
Com eles, a polícia encontrou e apreendeu um arsenal de fuzis, explosivos, pistolas, carregadores, mais de 5 mil balas e outros materiais, como roupas, rádios, coletes e canetas laser.
Arsenal de guerra
O arsenal apreendido pelas polícias Militar e Rodoviária Federal (PRF) com a quadrilha em Varginha é de guerra, segundo as duas corporações. A maioria das armas é de uso exclusivo das Forças Armadas e uma delas, – uma metralhadora ponto 50 –, é usada para combater tanques de guerra.
A lista do material apreendido foi divulgada pela Polícia Militar e obtida pela TV Alterosa Sul de Minas, incluindo 28 armas, 5.059 munições, 116 carregadores, explosivos diversos, galões de gasolina e diesel, roupas como coletes à prova de balas, calças, blusas e chapéus táticas, coletes balísticos, joelheiras, rádios comunicadores e lanternas.