Subiu para 22 o número de corpos identificados dos envolvidos
em confronto com a Polícia Militar (PM), em Varginha, no Sul de Minas, no último domingo (31/10). A informação foi divulgada pela Polícia Civil no início da noite desta quarta-feira (3/11). Antes, o número oficial de identidades reveladas era de 19. Os homens, segundo a PM, fariam parte do chamado "Novo Cangaço" e pretendiam roubar bancos nos próximos dias.
Os corpos estão no Instituto Médico-Legal Doutor André Roquette, localizado na Região Oeste de Belo Horizonte. Com a atualização, faltam quatro corpos para serem identificados, uma vez que o confronto no Sul de Minas deixou 26 mortos.
Os corpos estão no Instituto Médico-Legal Doutor André Roquette, localizado na Região Oeste de Belo Horizonte. Com a atualização, faltam quatro corpos para serem identificados, uma vez que o confronto no Sul de Minas deixou 26 mortos.
O número de corpos entregues aos familiares também subiu, indo de 16 para 19. A Polícia Civil informa que a retirada precisa ser feita por meio de apresentação de documentos de parentes de primeiro grau e do próprio suspeito para comprovar o vínculo.
A instituição também investiga "a vida pregressa dos indivíduos, bem como dos fatos e de suas circunstâncias para possíveis correlações com outros eventos". O novo cangaço se caracteriza por quadrilhas fortemente armadas que cercam cidades - principalmente do interior dos estados - e promovem assaltos de grande repercussão em várias partes do Brasil.
Veja a lista dos identificados
Artur Fernando Ferreira Rodrigues, 27 anos, Uberaba (MG) - liberado;
Daniel Antonio de Freitas Oliveira, 36 anos, Uberlândia (MG);
Darlan Ribeiro dos Santos, 41 anos, Goiânia (GO);
Dirceu Martins Netto, 24 anos, Rio Verde (GO) - liberado;
Eduardo Pereira Alves, 42 anos, Brasília (DF) - liberado;
Evando José Pimenta Junior, 37 anos, Uberlândia (MG)- liberado;
Francinaldo Araújo da Silva, 44 anos, Eugênio Barros (MA);
Gerônimo da Silva Sousa Filho, 28 anos, Porto Velho (RO) - liberado;
Gilberto de Jesus Dias, 29 anos, Uberlândia (MG) - liberado;
Giuliano Silva Lopes, 32 anos, Uberlândia (MG) - liberado;
Gleisson Fernando da Silva Morais, 36 anos, Uberaba (MG) - liberado;
Isaque Xavier Ribeiro, 37 anos, Gama (DF);
Itallo Dias Alves, 25 anos, Uberaba (MG) - liberado;
José Filho de Jesus Silva Nepomuceno, 37 anos, Caxias (MA) - liberado;
José Rodrigo Dama Alves, 33 anos, Uberlândia (MG) - liberado;
Julio Cesar de Lira, 36 anos, Santos (SP) - liberado;
Nunis Azevedo Nascimento, 33 anos, Novo Aripuanã (AM) - liberado;
Raphael Gonzaga Silva, 27 anos, Uberlândia (MG) - liberado;
Ricardo Gomes de Freitas, 34 anos, Uberlândia (MG) - liberado;
Romerito Araujo Martins, 35 anos, Goiânia (GO);
Thalles Augusto Silva, 32 anos, Uberaba (MG) - liberado;
Zaqueu Xavier Ribeiro, 40 anos, Goiânia (GO).
A operação
A operação da Polícia Militar e da PRF aconteceu em dois sítios localizados em Varginha. Oficialmente, a Polícia Militar informa que houve dois confrontos.
Na primeira chácara, 18 suspeitos foram mortos. Já na segunda, mais oito morreram. Nenhum policial se feriu.
De acordo com a corporação, eles participariam de ataques a agências bancárias no domingo ou nessa segunda na Região Sul do estado.
Com eles, a polícia encontrou e apreendeu um arsenal de guerra com fuzis, explosivos, pistolas, carregadores, 5.059 balas e outros materiais, como roupas, rádios, coletes e canetas laser.
Durante coletiva de imprensa sobre a operação, as autoridades revelaram que o alvo da quadrilha seria o Setor de Retaguarda e Tesouraria do Banco do Brasil (Seret) ou alguma empresa de transporte de valor.
"O trabalho começou após denúncias anônimas. É uma operação que foi planejada e muito bem estruturada. O grande êxito da operação foi esse: nenhum cidadão teve alguma situação de risco. A ideia era fazer a prisão, mas quando notaram a presença dos policiais, revidaram", explicou o chefe da comunicação da PRF, inspetor Aristides Júnior.