A Polícia Federal (PF) deflagrou em Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (4/11), a Operação Balaio de Palha, que mira uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro e outros crimes. Quatro pessoas foram presas.
Os policiais também cumpriram 9 mandados de busca e apreensão, além de outros, referentes à apreensão de bens e valores.
Leia Mais
MP cria comissão para investigar operação que deixou 26 mortos em Varginha'Novo Cangaço': polícia identifica 22 corpos após confronto em VarginhaZema sobre operação em Varginha: 'Em Minas, a criminalidade não tem vez'Cidade mineira perde 1,8 mil vacinas - inclusive contra COVID - após furtoPolícia prende em Valadares homem que matou militar de 22 anos em PEPolícia flagra caminhonetes lotadas de drogas: quase 2 toneladas de maconhaHomem é flagrado pela polícia com quase 2 mil papelotes de cocaína no carroInvestigador da Polícia Civil é detido suspeito de envolvimento em assaltoSegundo a PF, a quadrilha montou um esquema para movimentar ao menos R$ 500 milhões para grupos criminosos ligados a atividades ilícitas, tais como tráfico de drogas e contrabando de ouro. Os integrantes criavam empresas-fantasmas e abriam contas bancárias em nome de laranjas. Assim, conseguiam efetuar transações financeiras e receber valores de seus "clientes".
Os suspeitos também mantinham parcerias com doleiros de outros países para realizar operações de remessa ilegal de dinheiro ao exterior, prática conhecida como “dólar cabo”.
Ainda de acordo com a PF, parte do dinheiro obtido com o crime foi usado pelos investigados para a abertura de uma empresa de produção de cigarros de palha. Os criminosos também adquiriram imóveis e outros bens, ocultados e registrados em nomes de terceiros.
Os suspeitos também mantinham parcerias com doleiros de outros países para realizar operações de remessa ilegal de dinheiro ao exterior, prática conhecida como “dólar cabo”.
"Apurou-se que essa organização criminosa sediada em Belo Horizonte tinha clientes no exterior, além de doleiros localizados na Bolívia e no Paraguai. Os laranjas que cediam seus nomes para a abertura de empresas-fantasma recebiam um percentual do valor movimentado em suas contas", explica o delegado Thiago Severo de Rezende
Ainda de acordo com a PF, parte do dinheiro obtido com o crime foi usado pelos investigados para a abertura de uma empresa de produção de cigarros de palha. Os criminosos também adquiriram imóveis e outros bens, ocultados e registrados em nomes de terceiros.
A investigação identificou, até o momento, 30 empresas-fantasmas abertas desde 2018. Ao menos 24 “laranjas” serão ouvidos nos próximos dias.
Os responsáveis devem responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica. Somadas, as penas chegam a 31 anos de prisão.