“Infelizmente um assassinato covarde ficou impune. Morreu antes de ser indiciado. Acreditamos na justiça de Deus. A melhor forma de honrar seu nome é lutando para que os demais responsáveis sejam punidos e paguem pelo crime brutal que cometeram”, disse o filho da vítima, Cairo Borges Filho.
Desde 2018 há divergências entre o Gaeco de Uberlândia e Cairo Filho. Enquanto o Ministério Público aponta que ele poderia ter criado um plano para vingar a morte do pai, Cairo Filho afirma que o grupo não quis punir os assassinos do pai, como ainda chegou a apreender um veículo blindado dele, mesmo sabendo de ameaças que sofria.
Em agosto de 2018 a família lançou a campanha “Quem Matou Cairo?”, com outdoors e ações em redes sociais que buscavam respostas para o homicídio que aconteceu em 5 de outubro de 2017. Cairo Luiz Mendes Borges foi assassinado a tiros no Bairro Vigilato Pereira, zona sul de Uberlândia, quando saia de casa.
“Acreditamos que um crime não pode ser lembrado pela impunidade. Cairo Luiz Mendes Borges, que hoje é uma lembrança, também era pai, filho, amigo, marido. Hoje, seria avô. Sua vida foi cheia de conquistas, bons momentos e dedicação. Sonhos? Muitos. A dor da perda não passa, mas a luta por justiça nos move todos os dias”, afirmou a filha da vítima, Camila Costantin Borges.
O indiciamento
O empresário e ex-secretário de Obras e ex-diretor geral do Departamento Municipal de Água e Esgoto de Uberlândia (Dmae) Orlando Resende foi apontado pela Polícia Civil como mandante do assassinato.Além de Resende, outras três pessoas foram indiciadas em inquérito finalizado pela polícia. O motivo seria uma cobrança de dívida de quase R$ 20 milhões. Resende morreu aos 73 anos de infarto há cerca de dois meses.
“Diante dos fatos, espera-se que os demais executores sejam presos e condenados. Agradecemos desde já o apoio de amigos, imprensa e autoridades locais, em especial, todos que participaram nas investigações que contribuíram para elucidar o caso”, diz ainda a nota da família de Cairo Borges.