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Estado de Minas OPERAÇÃO LAS FABULAS

Operação contra quadrilha de cigarros falsos cumpre mandados em Paracatu

Dois estabelecimentos comerciais e uma casa foram alvos de busca e apreensão pela Polícia Federal. Quadrilha teria R$ 16 milhões em imóveis pelo país


04/11/2021 18:24 - atualizado 04/11/2021 18:28

Policial federal entra em prédio
90 policiais federais cumpriram mandados em várias cidades, incluindo Paracatu (foto: Polícia Federal/Divulgação)
A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quinta-feira (4/11), três mandados de busca e apreensão em Paracatu, no Noroeste de Minas, como parte da Operação Las Fabulas, iniciada pela PF de Guaíra, no Paraná. O objetivo é verificar a atuação de uma quadrilha que enriqueceu 'assustadoramente' com a venda de cigarros falsificados importados do Paraguai.
Dois estabelecimentos comerciais e uma casa foram vistoriadas em Paracatu. A Polícia Federal não deu detalhes, mas a reportagem apurou que alguns documentos foram apreendidos e enviados para o Paraná para análise.

A investigação quer saber se os donos dos comércios e da casa (que podem ser uma única pessoa, segundo apurou a reportagem) têm relação com a quadrilha identificada no Sul do país.
 
Os documentos podem ter ligação com uma determinação da Justiça para o sequestro imediato de 12 imóveis no Paraná, Santa Catarina (apartamentos de luxo que ainda estão em construção), pesqueiro, um hotel em Guaíra (base da operação), terrenos, casas de alto padrão e outros bens.

Segundo a Polícia Federal, os integrantes do esquema teriam R$ 16,8 milhões apenas nesses imóveis.
 
Além disso, a Justiça Federal determinou o bloqueio imediato das contas bancárias de pelo menos 35 pessoas e empresas. O congelamento das contas poderá chegar a R$ 20 milhões.
 
"As ordens de bloqueio de contas bancárias e sequestro dos imóveis objetivam a descapitalização do grupo, visando assim inibir práticas criminosas futuras, sobretudo em relação aos investigados e empresas fictícias", explica a PF.
 
A investigação começou com a prisão de um dos envolvidos, no primeiro semestre de 2020. O homem, condenado por contrabando de cigarros e organização criminosa, teve um aumento de patrimônio considerado "exponencial" pela investigação, já que, em menos de um ano, ele havia comprado um hotel, casas de alto padrão, sítios, um pesqueiro (que era usado como 'sala de reuniões' do grupo) e movimentava dinheiro em bancos em quantias que não batiam com as prestações de contas (imposto de renda, etc).

A partir daí, os investigadores puxaram o fio e descobriram que ao menos 30 pessoas participam do esquema, que importa cigarros contrabandeados do Paraguai e os revende em vários pontos do Brasil. 
 
Novos detalhes serão conhecidos agora, com a operação que aconteceu hoje. Segundo a Polícia Federal, os investigados podem responder pelo crime de lavagem de dinheiro, com penas que variam de 3 a 10 anos para cada ato de lavagem.


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