Os seis anos do rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues (MG), lembrados nesta sexta-feira (5/11) como o maior desastre socioambiental da história do Brasil, ganharam um importante registro elaborado por pesquisadores da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), de Governador Valadares.
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Tragédia de Mariana: MST ocupa Samarco e cobra reparação pelo desastreSeis anos após a tragédia de Mariana, reparação ainda enfrenta obstáculosCartas ao Papai Noel: saiba como presentear crianças carentes pelo WhatsAppBH passa a ter intervalo menor entre metrôs a partir desta segunda-feiraO material é fruto de dois projetos desenvolvidos na Univale, tomando o Rio Doce como objeto de estudo, um apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e outro pela Fapemig. O primeiro deles é chamado de “Relação com o saber e Educação Ambiental: uma pesquisa com estudantes em tempo integral”, o segundo é o “Conversando com a cidade: cartografia de territórios educativos em três bairros de Governador Valadares”.
Os dois projetos são coordenados pela professora Maria Celeste Reis, e vinculados ao programa de mestrado em Gestão Integrada do Território. “Os livros são fruto de um exercício interdisciplinar. Nós contamos com autores das artes, da biologia, da química, da engenharia, da física, da matemática, da história e da educação. Além disso, durante as pesquisas nós entrevistamos alunos de escolas de tempo integral, com o objetivo de entender o que os moradores querem saber sobre o rio. É uma coletânea bastante plural”, explicou a professora.
Ao todo, foram produzidos 13 cadernos temáticos que estão disponíveis gratuitamente no site da Univale.
“A coletânea está organizada em três blocos: um que discute aspectos históricos, da memória e da arte, relacionados ao Rio Doce, outro que trata das questões socioambientais, e o último que é destinado ao público escolar, seja da educação básica ou do ensino superior”, disse o professor Thiago Santos, um dos organizadores da coleção.
“A coletânea está organizada em três blocos: um que discute aspectos históricos, da memória e da arte, relacionados ao Rio Doce, outro que trata das questões socioambientais, e o último que é destinado ao público escolar, seja da educação básica ou do ensino superior”, disse o professor Thiago Santos, um dos organizadores da coleção.
Os livros buscam proporcionar boas conversas para diferentes pessoas e grupos que queiram compartilhar aprendizagens e saberes sobre o rio e com o rio. A coletânea foi lançada oficialmente no dia 28/10, durante a cerimônia de abertura do 6º Seminário Integrado do Rio Doce, que é organizado anualmente pela Univale desde o desastre desencadeado com o rompimento da barragem em 2015.