Jornal Estado de Minas

VANDALISMO E DESTRUIÇÃO

Túmulos são furtados em Minas e polícia tenta capturar ladrões

Parece que nem os mortos tem mais paz. Familiares que visitaram túmulos de parentes e amigos no Dia de Finados, na terça (2/11), em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, notaram que vários deles estavam sem as argolas que fazem parte da decoração dos jazigos. A Polícia Civil informou hoje (5/11) que investiga os furtos.




 
A reportagem conversou com uma das pessoas que teve um túmulo de familiar atacado pelos vândalos. Ela preferiu não se identificar porque acha a situação "vexatória". "Não faço questão da argola, de jeito nenhum. Mas me parece uma falta de respeito, uma ousadia e um crime", conta. 
 
Ela visitou o Cemitério Santa Cruz no Dia de Finados (2/11) e notou que, no túmulo do tio, que morreu há quatro anos, uma das argolas estava faltando. No dia, a familiar também viu outras duas pessoas reclamando disso, em outros pontos do cemitério.
 
"Comunicamos a administração do cemitério no dia seguinte, até porque era feriado, e nem ia ser possível fazer muita coisa na terça-feira", lembra.
 
A administração do cemitério chamou a polícia e um boletim de ocorrência foi registrado. "Lamentamos muito o ocorrido. Além de crime, é uma ação de desrespeito", afirma o secretário municipal de Obras Públicas de Patos, Paulo Henrique Caixeta.




 

Investigação 

 
Não será uma tarefa exatamente fácil descobrir quem fez isso, pois não há câmeras de monitoramento espalhadas por todo o cemitério, porém a Polícia Civil tem algumas pistas. Fontes da investigação disseram à reportagem que alguns locais que compram materiais recicláveis foram vistoriados, para saber se algo do tipo apareceu nos últimos dias.

Por enquanto, nada pode ser revelado, nem informalmente, para não atrapalhar o andamento da apuração.
 
Porém, é sabido que o mercado ilegal de metais, principalmente ferro e cobre, tem sido extremamente lucrativo para vândalos e ladrões. Em todo o estado, vários casos de furtos de tampas de bueiros, grades de boca de lobo, fios de telefonia e agora as argolas de cemitério foram registrados.

Os materiais, que têm grande peso, valem muito nos centros de reciclagem - o cobre, por exemplo, pode valer até R$ 100 o quilo.
 
Por enquanto ninguém foi preso.

audima