A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) confirmou, na noite desta sexta-feira (5/11), que o
avião que caiu com a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas, em Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, atingiu fios de alta tensão da empresa antes do acidente. Todos que estavam na aeronave morreram.
Fotos que circulam nas redes sociais mostram que fios de alta tensão foram rompidos após o acidente aéreo. Alguns cabos passam na reta da pista do Aeroporto de Ubaporanga, que atende à Caratinga. Antes de o avião cair, moradores contaram ao Estado de Minas que o equipamento começou a girar, até cair "de bico" na cachoeira.
"Primeiro, soltou uma peça do avião, que caiu próximo a casa de um morador do condomínio. Em seguida, o avião começou a girar no ar em formato de parafuso. Bateu de bico na cachoeira. Ouvi um grande estrondo", contou o morador. Segundo ele, o barulho da queda foi "parecido com o de uma forte batida de carro", relatou uma testemunha que mora em um conjunto de casas próximo ao local do acidente.
Notificações feitas por pilotos aos órgãos responsáveis pela aviação no Brasil falavam de um "obstáculo que violava o plano básico de zona de proteção". Uma antena e uma torre, por exemplo, foram citadas pelos profissionais.
Uma equipe Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA 3), ligado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), deve chegar ao local do acidente nas próximas horas para investigar as causas da queda do avião.
Trata-se de um modelo King Air C90A, com capacidade para seis passageiros. A aeronave, que é turboélice e que conta com dois motores, foi fabricada em 1984 e tinha autorização para operar em regime de fretamento, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).