Um vídeo que circula nas redes sociais neste sábado (6/11) mostra uma abordagem violenta da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) em Itabira, Região Central do estado.
O caso aconteceu nessa sexta-feira (5/11) na Avenida João Pinheiro, no Centro da cidade e resultou em um homem, de 25 anos, e uma mulher, de 18 anos, presos.
As imagens mostram um policial jogando a mulher no chão para ser algemada, mas no momento ela segurava uma criança de colo. Nas imagens, também é possível observar uma outra criança que acompanhava a mulher e enquanto ele tentava intervir na prisão, um dos policiais o empurrava e depois alguns populares conseguiram conter o garoto.
Em nota, a Polícia Militar informou que o casal estava com porte ilegal de arma de fogo e munições. Foi informado que, para impedir a apreensão, o homem colocou a arma na bolsa da mulher e ela se agarrou às crianças, usando como escudo e se recusando a largar.
Dessa forma, a mulher foi “projetada ao solo e imobilizada, numa queda controlada” sem que a criança sofresse nenhuma lesão.
Confira a nota na íntegra:
“No início da noite desta sexta-feira, 05/11/21, na cidade de Itabira, a Polícia Militar realizou a prisão em flagrante de um casal por porte ilegal de arma de fogo e munições.
Durante a abordagem foram apreendidas quatro munições calibre 32 com o homem. Para impedir a apreensão da arma de fogo que estava consigo, a mulher se agarrou a uma criança, usando-a como escudo humano e se recusando a largá-la.
Assim, a mulher foi projetada ao solo e imobilizada, numa queda controlada, nenhuma lesão sofrendo a criança.
Além da arma de fogo e das munições, uma touca ninja também foi apreendida com o casal.”
O prefeito da cidade de Itabira, Marco Antônio Lage, também emitiu uma nota nas redes sociais da prefeitura sobre o caso:
"Com a responsabilidade de prefeito municipal, manifesto minha repulsa diante das imagens de uma abordagem policial, ocorrida no início da noite, em Itabira.
As lamentáveis cenas que já circulam nas redes sociais e sites de notícia de todo o país precisam ser apuradas com rapidez e rigor. Este não é o procedimento padrão das nossas escolas militares e do comando geral da corporação.
Precisamos e apoiamos uma PM parceira da comunidade e que saiba lidar com situações limites. Especialmente em se tratando de ocorrências envolvendo mulheres e crianças."