O Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette (IMLar), em Belo Horizonte, está processando as amostras de material biológico extraídos das cinco vítimas que morreram no acidente aéreo na sexta-feira (05/11) em Caratinga, no Vale do Rio Doce. Dois tipos de exames devem ficar prontos em até 15 dias.
Na tarde deste domingo (7/11), os responsáveis pelo trabalho mostraram os equipamentos que estão sendo utilizados nas análises. O médico legista e assessor da diretoria do IML, José Roberto de Rezende Costa, explicou que os trabalhos feitos pelo instituto são complementares à investigação que caminha com a Polícia Civil, em conjunto com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
acidente em que a cantora e outras pessoas vieram a óbito em Caratinga e desde então estamos trabalhando”, lamentou José Roberto sobre a morte de Marília Mendonça, seu o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, o produtor Henrique Ribeiro, o piloto, Geraldo Martins de Medeiros e o co-piloto, Tarciso Pessoa Viana.
“Com profunda tristeza que nós recebemos a notícia do
“Alguns exames que são necessários para complementar a investigação estamos fazendo aqui e num prazo de 10 a 15 dias esperamos que já tenhamos respostas para anexar ao caso”, disse o médico legista, ressaltando que não há detalhes sobre as outras vertentes do inquérito. “Fazemos apenas o trabalho de perícia, mas as autoridades estão colhendo todas informações necessárias”, garantiu.
Processo investigativo
Um dos exames realizados em BH é o anatomopatológico. Eles são capazes de analisar fragmentos de tecido ou órgão para saber se o corpo já havia enfermidade prévia ou se gerou trauma através do acidente.
A médica legista e anatomopatologista Vanessa Marinho explica que este trabalho faz parte do processo investigativo de qualquer acidente. “Podemos identificar até se a pessoa sofreu algum AVC. É um exame pericial complementar. Para entender a causa da morte, é preciso associar todos os fatores da investigação”, acrescentou.
O outro exame é feito com dois equipamentos modernos, que fazem a separação química do material biológico em investigação, capazes de esclarecer se havia álcool ou alguma toxina no corpo das vítimas.
“O exame toxicológico pode ajudar a entender as circunstâncias da morte”, reforçou Sandro Chaves, perito criminal toxicologista do IML. A explicação é que este é um procedimento comum em todos os acidentes e não significa que a polícia trabalha com a hipótese de que isso tenha influenciado na causa da queda do avião. “Não existe uma suspeita a princípio. Em todos os casos de acidentes, todas as vítimas são analisadas”, reforçou o perito.
Assim que os exames ficarem prontos (previsto para até 15 dias), os resultados serão entregues aos legistas que devem reunir outras frentes da investigação e apontar a causa do acidente em até 30 dias.
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