Jornal Estado de Minas

LESTE DE MINAS

Motores do avião são retirados do local do acidente, nesta segunda-feira

Os dois motores do avião bimotor da PEC Táxi Aéreo, que caiu na sexta-feira (5/11), em Piedade de Caratinga, foram retirados do local do acidente nesta segunda-feira (8/11). Neste acidente morreram a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas. Os motores serão periciados pelos oficiais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), em Sorocaba, SP.



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As outras partes da aeronave, resgatadas ontem, serão levadas para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro. Segundo Amadeu Alexandre Gomes, diretor-proprietário da empresa Fervel Auto Socorro, responsável pela remoção dos destroços, o transporte dos motores e dos destroços será feito amanhã de manhã.
 
A retirada dos motores foi uma operação delicada, segundo Amadeu Gomes, diretor da Fervel. Choveu muito pela manhã em Piedade de Caratinga, mas foi possível concluir a operação. Cada motor pesa 250 quilos.
 
Os motores estavam em locais distintos. Um deles ficou perto das pedras onde o bimotor caiu. O outro se desprendeu da aeronave e parou a 300 metros do local da queda do avião, em área de mata. A retirada desse motor foi a que deu mais trabalho para os funcionários da empresa Fervel, de acordo com Amadeu Gomes.




 
Com a retirada dos motores, está concluída a primeira fase das investigações feitas pelos oficiais do CENIPA. No sábado, o tenente-coronel Oziel Silveira, que comanda a equipe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA III), órgão do CENIPA, informou que faltava apenas a retirada dos destroços da aeronave e dos dois motores.
 
“Nós não fizemos nenhuma análise, nosso trabalho aqui, nesta primeira fase, foi procurar evidências, que serão analisadas mais adiante”, disse o oficial. Ele agradeceu a contribuição da Polícia Militar de Minas Gerais, por meio da 5ª Base Regional de Aviação do Estado (5ª BRAvE), de Governador Valadares.
 
“Quero agradecer a Polícia Militar de Minas Gerais, que nos atendeu de imediato, cedendo o seu grupamento aéreo, que foi fundamental para essas primeiras investigações”, disse o tenente-coronel Silveira, que sobrevoou toda a área do acidente no helicóptero Pégasus, da 5ª BRAvE, à procura de pontos de impactos da aeronave, que não foram encontrados.

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