Um ônibus foi alvo de vandalismo na madrugada desta terça-feira (9/11) no Bairro Ouro Minas, Região Nordeste de Belo Horizonte. O motorista conseguiu apagar as chamas antes que elas se espalhassem. Os responsáveis ainda deixaram uma carta com reclamações sobre um presídio em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Ele descreveu que seriam dois adolescentes, com idades entre 15 e 18 anos. Ambos chegaram com um galão de produto inflamável e mandaram ele desembarcar. Com medo, o profissional desceu do ônibus e os dois atearam fogo, deixando a carta e fugindo em um Uno branco em direção ao Bairro São Gabriel.
O motorista conseguiu entrar no veículo e apagar as chamas com um extintor. De acordo com a Polícia Militar, a carta deixada pelos suspeitos tem quatro páginas e, em linhas gerais, falam sobre supostos abusos que detentos estariam sofrendo na Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga, em Uberlândia. Os autores ainda ameaçaram incendiar mais coletivos nas duas cidades se as reivindicações não forem atendidas.
O ônibus foi levado para a garagem, onde seria periciado pela Polícia Civil.
Sejusp nega abusos contra detentos
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que os relatos de abusos contra os detentos na penitenciária não procede e disse que as denúncias devem ser formalizadas junto ao Depen-MG. A secretaria também afirma que acompanha as investigações sobre a queima do ônibus. Leia a nota, na íntegra, abaixo:
"A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), informa que não procedem as denúncias de abusos contra custodiados na Penitenciária João Pimenta da Veiga, em Uberlândia.
A Diretoria Regional de Polícia Penal da 9ª Região Integrada de Segurança Pública, responsável pela gestão prisional das unidades prisionais de Uberlândia, afirma, também, que não há denúncias formalizadas junto ao Departamento ou à direção da unidade prisional sobre supostos abusos realizados.
O Depen-MG ressalta que a formalização é importante para que, com os detalhes apresentados, os possíveis problemas sejam apurados e sanados. Ainda, mesmo as denúncias sendo informais, elas são apuradas pela 9ª Risp e, no momento, não há comprovações de abusos praticados contra custodiados.
Quanto à queima do ônibus, o Depen-MG esclarece que acompanha e colabora com as investigações criminais, que estão a cargo da Polícia Civil."