Jornal Estado de Minas

COVID-19

'É muito cedo para abandonar as máscaras', diz idoso vacinado em BH

A fila da imunização contra o coronavírus continua andando em BH. Idosos com 66 anos tomam a dose de reforço da vacina contra a COVID-19 nesta quarta-feira (10/11) em Belo Horizonte. Nos postos de vacinação, a maioria dos moradores dos moradores relatou um sentimento de mais segurança contra o vírus, mas alguns fizeram questão de ressaltar que ainda é cedo para 'cantar vitória'.




 
No posto drive thru montado na UFMG, a reportagem conversou com idosos que disseram acreditar muito na vacina e em sua eficácia. Em contrapartida, todos reforçaram o quão importante é manter os protocolos de segurança, mesmo depois de vacinados.
 
“É muito importante tomar todas as doses necessárias da vacina, porque o vírus é muito perigoso e infelizmente matou muita gente durante a pandemia. Não tenho medo nem preconceito contra o imunizante, tomo quantas vezes for preciso”, afirma Luiz Augusto de Macedo, de 66 anos.
 
Luiz Augusto de Macedo de 66 anos (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
 
 
Sensações parecidas têm Bernardino Batista Mendes Filho - "me sinto mais seguro com a dose extra" - e Ivanir Cossenzo Florentino - "sinto uma grande realização saber que estou mais protegida contra este vírus assustador”.




 
Ivanir Cossenzo Florentino de 66 anos (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
 
 
Apesar de receberem a dose de reforço, todos afirmaram que ainda é cedo para abandonar os protocolos de segurança. Eles acreditam que se tais protocolos tivessem sido seguidos corretamente desde o início da pandemia, muitas mortes poderiam ter sido evitadas. 
 
“Se a aceitação dos protocolos de segurança tivesse sido em grande maioria, poderia ter evitado um mal maior. Vejo que é necessário continuar seguindo as medidas de segurança, ao menos até ter 90% da população vacinada, e também para continuar protegendo a si e ao próximo”, comenta Ivanir Cossenzo. 
 
“O certo seria as pessoas aguardarem mais um pouco. E acho que os idosos não devem se sentir constrangidos de usar a máscara mesmo após ela não ser mais obrigatória, visto que ela evita contrair várias outras doenças respiratórias, que são mais agravantes para nossa idade”, afirma Bernardino.




 
Bernardino Batista Mendes Filho de 66 anos (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
 
 
Luiz Augusto ainda  fez uma espécie de desabafo sobre quem usa a máscara incorretamente: “Quando vejo uma pessoa usando a máscara no queixo ou nas mãos, tem uma sensação de afronta sabe? Penso que se eu for conversar com ela e pedir para colocar de forma correta, pode brigar e até agredir fisicamente”, lamenta.
 
Sobre a possibilidade de vacinação contra COVID passar a ser anual, dois dos entrevistados acham que a vacina precisa entrar para o calendário de imunização obrigatória, principalmente para evitar transmissão de outros países. Apenas um deles diz não saber opinar, "preferindo esperar a resposta da ciência”. 
 
Os idosos destacaram também que se antes da pandemia do coronavírus, o uso de máscara e álcool em gel fosse comum entre a população, muitas outras doenças respiratórias poderiam ter sido evitadas. 




 
“Acho que o uso de máscara em locais fechados e de aglomeração, o álcool em gel disponível na entrada dos estabelecimentos, o uso de sacos plásticos nos talheres em restaurantes por exemplo, deveriam permanecer pelo resto da vida. Vejo que são atos de higiene que as pessoas precisam ter na rotina”, destaca Luiz Augusto.
 
“Uma coisa que percebi foi que nos meses mais frios, como junho e julho, os índices de pessoas gripadas foram muito baixos. Acredito que isso foi por causa do uso da máscara. Portanto, este método de proteção deveria ser levado em consideração pelas pessoas, até como forma de prevenir contaminações de outros vírus”, ressalta Luiz Augusto.
 
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) reforça que só poderão tomar o reforço, se o intervalo de aplicação da última dose já estiver completado seis meses. 
 
De acordo com a PBH, para tomar as doses é necessário levar o cartão de vacina, CPF, comprovante de endereço em Belo Horizonte e documento oficial com foto.  
 
O horário de funcionamento dos locais de vacinação em dias úteis é das 8h às 17h para pontos fixos e extras e das 8h às 16h30 para pontos de drive-thru. 




 
Há também pontos de vacinação com horário noturno, que funcionam de segunda a sexta-feira. Confira os horários e endereços:
 
  • UFMG Campus Saúde (Escola de Enfermagem): avenida Professor Alfredo Balena, 190 - Santa Efigênia – Funcionamento das 12h às 20h;

  • Faculdade Pitágoras: rua dos Timbiras, 1.375 - Funcionários – Funcionamento das 8h às 20h;

  • UNA-BH: rua Aimorés, 1.451 - Lourdes – Funcionamento das 8h às 20h;

  • Faminas-BH: avenida Cristiano Machado, 12.001 - Vila Clóris – Funcionamento das 8h às 20h.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira
 

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