A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) não estipulou qualquer previsão para a retirada da obrigatoriedade do uso de máscaras na cidade. Prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) fez um alerta nesta quarta-feira (10/11) à população para que os cuidados sejam mantidos para, enfim, "voltar ao normal".
''Está chegando ao fim, nós estamos voltando ao normal, e nós só vamos voltar ao normal se a população continuar como ela está, tendo juízo, usando máscara, tentando higienizar as mãos, se separar ao máximo possível, que nós vamos brevemente chegar ao fim disso tudo", afirmou, durante anúncio do cronograma de pagamento do Auxílio Belo Horizonte.
Leia Mais
Alexandre Kalil sobre COVID-19 em Belo Horizonte: 'A guerra continua'COVID-19: Minas registra 40 mortes e 966 casos em 24 horasCOVID-19: BH tem alta em ocupação de leitos de UTI e enfermariaPrefeito dispensa máscaras em locais abertos e divide opiniõesA máscara caiu? Desleixo transforma em poluição o que deveria ser proteçãoMinas estuda liberação escalonada do uso de máscaras em locais abertosCOVID-19: Belo Horizonte aplica dose de reforço em idosos de 65 anosCOVID-19 em BH: demanda por UTIs desacelera, mas segue em alertaEm Brasília, a determinação é similar. O governo do Distrito Federal editou decreto em 26 de outubro retirando a obrigatoriedade do uso de máscaras apenas em ambientes abertos. A medida passou a valer em 3 de novembro.
Já a Prefeitura de São Paulo decidiu, hoje, mais uma vez manter a obrigatoriedade da utilização de máscaras de proteção até o início de dezembro. Segundo a GloboNews, a previsão é de que a liberação possa ocorrer a partir do próximo dia 5, desde que a cidade esteja com mais de 95% da população acima de 12 anos vacinada e os índices de contaminação e mortes sigam em queda. No momento, a cobertura vacinal na capital paulista é de 89,8%.
Na semana passada, a reportagem do Estado de Minas conversou com Unaí Tupinambás, infectologista e membro do Comitê de Enfrentamento da COVID-19 da PBH. Ele acredita que ''talvez a gente nunca vá abandonar o uso da máscara.''
''Como eu falei, nos ambientes críticos nós vamos ter que usar a máscara. Nós, trabalhadores e trabalhadoras da saúde, no outono e inverno, devemos ir trabalhar com a máscara independentemente se estamos com sintomas ou não, se vamos atender pacientes com sintomas ou não", iniciou.
"Talvez as pessoas mais vulneráveis em algum ambiente mais crítico também'', disse. O ambiente crítico, segundo o especialista, é aquele fechado, com muita gente: salas de cinema, teatro, bares, restaurantes, ônibus.
De acordo com Tupinambás, aquelas pessoas que têm mais vulnerabilidade para a COVID grave podem ter que usar a máscara durante um longo tempo.
Indicadores trazem esperança
A boa notícia é que a capital de Minas Gerais vive bom momento em relação ao coronavírus com indicadores controlados e avanço da vacinação. Atualmente, praticamente todas as atividades comerciais e até de lazer estão liberadas na capital mineira, com algumas limitações relativas a público e capacidade - além das medidas recomendadas como uso de máscaras de proteção e disponibilização de álcool em gel para higienização das mãos.
Segundo dados divulgados nessa terça-feira (9/11) pela prefeitura de BH, a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para COVID-19 na cidade é de 50,8%, em estado de alerta (amarelo). Para leitos de enfermaria, é de 49,9%, considerável estável (verde).
Já a taxa de transmissão na cidade belo-horizontina é de 0,96, também considerada estável (verde). Isso significa que cada 100 pessoas transmitem o vírus para outras 96.
Desde o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020, a doença matou 6.952 pessoas na capital de Minas Gerais. Os casos confirmados na cidade somam 289.895. Os recuperados são 281.798, e 965 seguem em acompanhamento médico.
Ainda segundo o boletim divulgado ontem, 65,7% dos moradores da capital receberam as duas doses da vacina contra o coronavírus ou a dose única. A dose de reforço foi aplicada em 217.152 pessoas.