A zona rural de Bueno Brandão é o cenário onde são fabricados queijos finos, semelhantes aos europeus, e que conquistaram importante prêmio internacional na última semana. O Latícínio Serra das Antas enviou sete queijos para o 33º World Cheese Awards, considerado o “Oscar do Queijo”, e foi premiado com seis.
O concurso foi realizado em Oviedo (Espanha), em 3 de novembro. O Latícínios São João, do município sul-mineiro de Cruzília, recebeu dois prêmios.
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“Eu até não esperava essa premiação, já que tem muitos queijos de fora do Brasil”, conta Airton Gianesi da Costa, proprietário da marca Serra das Antas. Ele acrescenta que o produto que ele comercializa tem alta qualidade e sabor, mas que há muitos queijos bons produzidos em todo o mundo.
“O concurso tem representante e ponto de coleta no mundo todo. E o representante aqui no Brasil é cliente nosso e nos falou do concurso. Eu separei sete queijos e enviei. E seis deles foram premiados”, afirma.
“O concurso tem representante e ponto de coleta no mundo todo. E o representante aqui no Brasil é cliente nosso e nos falou do concurso. Eu separei sete queijos e enviei. E seis deles foram premiados”, afirma.
Dois queijos brasileiros conquistaram o selo dourado: o tipo Reblochon, da empresa de Airton, e também o catarinense Vale do Testo, da Pomerode. O laticínio de Bueno Brandão foi o único brasileiro na categoria prata, com duas premiações: para os tipos de queijo Lua Cheia e Comté.
O selo bronze teve nove brasileiros vencedores, sendo apenas de MG e SP. Do estado mineiro, são quatro prêmios conquistados pela empresa de Bueno Brandão para os queijos Vó Bastião, Parmesão e Tipo Raclette, e também dois para o Laticínios São João, de Cruzília, nas categorias Requeijão cremoso e Tipo Quarck.
Os queijos paulistanos que conquistaram o selo bronze são Tulha e Caprinus, da Fazenda Atalaia, de Amparo (SP) e Serra do Lopo e Dolce Bosco, da Capril do Bosque, de Joanópolis (SP).
Fama internacional
A fama dos queijos mineiros é conhecida no Brasil e exterior há décadas. Essa cultura provém da tradição da pecuária e da fabricação, muitas vezes artesanal, que começa com famílias.
E a marca Serra das Antas, que se destacou no “Oscar do Queijo”, é uma empresa familiar fundada pelo casal Airton Gianesi da Cota e Waldeci Coutinho.
E a marca Serra das Antas, que se destacou no “Oscar do Queijo”, é uma empresa familiar fundada pelo casal Airton Gianesi da Cota e Waldeci Coutinho.
Airton veio de São Paulo para Bueno Brandão há 35 anos. A família dele iniciou a produção de leite de cabra na zona rural, perto da MG-295. Produzir queijos foi algo que começou em casa, mas que, com a proporção maior a cada ano, gerou a criação da indústria Na Morada, em 1992.
São processados mensalmente 6 mil litros de leite de vaca e 2 mil litros de leite de cabra atualmente para fazer os queijos. O produto tem como mercado principal São Paulo, onde a empresa instalou um escritório e câmara fria para distribuição.
Apesar de estar instalada no Sul de Minas, a maior parte da produção segue para o estado de São Paulo e capitais como Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Brasília e, agora, Belo Horizonte.
(Nayara Andery - Especial para o EM)
Apesar de estar instalada no Sul de Minas, a maior parte da produção segue para o estado de São Paulo e capitais como Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Brasília e, agora, Belo Horizonte.
(Nayara Andery - Especial para o EM)