O corpo identificado nesta quarta-feira (10/11) pela Polícia Civil como sendo de mais uma vítima do rompimento da Barragem B1, em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019, é de Uberlandio Antônio da Silva. Ele, que era natural de Linhares/ES, tinha 55 anos na época da tragédia e atuava como mecânico de empilhadeira para uma empresa que prestava serviços para a mineradora Vale.
Com a identificação do corpo de Uberlandio, sete das 270 vítimas do rompimento da barragem ainda não foram encontradas e/ou identificadas. Já são 1.021 dias de trabalho em busca dos desaparecidos.
A Operação
Os trabalhos das autoridades mineiras em Brumadinho já passaram de mil dias desde o rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, de propriedade da Vale, em 25 de janeiro de 2019.
O Corpo de Bombeiros começou, em setembro, a utilizar uma nova estratégia que pode diminuir em dois anos o tempo de buscas - antes, a previsão era de que elas poderiam levar mais quatro anos até chegar ao fim.
Conforme o Estado de Minas mostrou no mês passado, a operação está ancorada atualmente em estações de busca na área onde funcionava o Terminal de Carga Ferroviário (TCF) da mineradora. Essas estações abrigam um maquinário capaz de melhorar a observação do rejeito revirado, pois já é utilizada para "peneirar" o minério e foi adaptada especificamente para a operação. Esse novo método é baseado na segregação granulométrica.
Um maquinário recebe o rejeito que ainda não foi vistoriado e separa para vistoria de acordo com a gramatura do material. Dentro da cabine, dois bombeiros observam atentos tudo que passa pela esteira e, em caso de visualizar algum objeto que possa ser segmento de corpo, o operador interrompe a máquina, o material é recolhido e enviado para a análise do IML.