Muriaé, município localizado na Zona da Mata mineira, vai ser palco, nesta sexta-feira (12/11), do casamento coletivo de 220 casais. Dentre os noivos, estão três irmãos, Paloma, Polyane e Paulo, que vão participar do mutirão.
Os três irmãos, que vão se casar na mesma data e local, estão ansiosos para o grande dia. "Muita felicidade, muita ansiedade. É tudo esta semana", comentou Paloma Cruz de Oliveira. "É muito bom, muito positivo para a família. E uma oportunidade. Se não fosse agora, ia demorar algum tempo ainda para o casamento. Estou desempregado", contou o irmão Paulo de Oliveira.
A irmã, Polyane de Oliveira, também está animada. "Estou numa ansiedade danada para chegar sexta-feira e a gente se casar. É o meu sonho casar, ainda mais quando a gente ama", disse a irmã de Paloma, Polyane de Oliveira, referindo-se ao marido.
A irmã, Polyane de Oliveira, também está animada. "Estou numa ansiedade danada para chegar sexta-feira e a gente se casar. É o meu sonho casar, ainda mais quando a gente ama", disse a irmã de Paloma, Polyane de Oliveira, referindo-se ao marido.
Entre as certidões estão também as de um homem, seu pai e sua mãe. Os pais casarão com outros companheiros, no mesmo dia em que o filho formalizará sua união com a mulher com quem vive em união estável. Na lista de participantes há somente dois casais homossexuais.
A cerimônia será realizada no salão nobre do Centro Universitário Faminas, parceira do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) na proposta, com direito a tapete vermelho, marcha nupcial, fotos, benção, troca simbólica das alianças e outras lembranças. "São vários os parceiros que se uniram para tornar esse momento único e realizar um sonho que é de muitos, de formalizar o casamento. Acredito que os casais que venceram a pandemia, com mais razão ainda, devem celebrar a união e comunhão de vida", comentou o juiz coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Muriaé, Juliano Veiga.
Segundo o juiz, não houve custo para os casais. O TJMG e o Centro Universitário Faminas contaram com a parceria do Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Muriaé e da Ordem dos Advogados do Brasil - 36ª Subseção.
O evento será realizado de acordo com os protocolos estipulados pelo Comitê de Enfrentamento à COVID da região: uso de máscara e álcool em gel. "O casamento acontecerá em dois turnos, um na parte da tarde e outro na parte da noite, respeitando o limite de pessoas orientado pela prefeitura", comentou o professor do curso de Direito e do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da Faminas e coordenador do Posto de Atendimento Pré-Processual (Papre), Eduardo de Assis Pinheiro.
Requisitos para participar
Para participar da celebração, era necessário preencher os requisitos e realizar inscrição. "Os inscritos deveriam ter renda familiar inferior a dois salários mínimos, estar convivendo em união estável, de fato, há mais de um ano", informou o juiz.
Outro critério era morar na Região de Muriaé. "Há pessoas da zona rural, semianalfabetas. E a nossa motivação é dar oportunidade para as pessoas exercerem seus direitos. O curso de Direito é essencialmente ligado à cidadania. O nosso trabalho é, portanto, levar cidadania a quem precisa", mencionou o professor Eduardo Pinheiro.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira