Na capital dos bares, o modelo de copo usado no café da manhã é o mesmo para tomar aquela cervejinha nos fins de semana. Enquanto o restante do Brasil chama o modelo de americano, em Belo Horizonte o copo lagoinha é unanimidade.
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Já o lagoinha está ligado ao bairro de mesmo nome em Belo Horizonte que fez fama entre os boêmios décadas atrás. Era lá, na esquina da Rua Itapecerica com Avenida do Contorno, onde ficava um dos primeiros pontos de venda do copo na capital mineira.
Fama nascida no balcão
Um dos donos do armazém, o comerciante Joaquim Sétimo Vaz de Melo, o Seu Quinquim, costumava bater o copo nas bancadas do armazém para mostrar a sua resistência. Em pouco tempo, a fama de "inquebrável" se espalhou por toda a cidade e o copo lagoinha se tornou um sucesso de vendas.
A popularização do copo não ficou restrita à Belo Horizonte não. Segundo a fabricante Nadir Figueiredo, foram produzidas 6 bilhões de unidades do copo americano até 2010.
Dos botecos para o MoMA
Para se ter uma ideia da sua importância cultural, em 2009, o copo foi exposto no Museu da Arte Moderna (MoMA) em Nova York, nos Estados Unidos, como um dos símbolos do design brasileiro.
Além disso, em 2019 uma cervejaria de Belo Horizonte mobilizou uma campanha para que a Nadir Figueiredo reconhecesse o nome copo lagoinha como oficial. Peças foram instaladas pela cidade pedindo para os belo-horizontinos assinassem uma petição. O pedido foi atendido e o copo americano também é, oficialmente, copo lagoinha.
Além disso, em 2019 uma cervejaria de Belo Horizonte mobilizou uma campanha para que a Nadir Figueiredo reconhecesse o nome copo lagoinha como oficial. Peças foram instaladas pela cidade pedindo para os belo-horizontinos assinassem uma petição. O pedido foi atendido e o copo americano também é, oficialmente, copo lagoinha.
Sabia Não, Uai!
O Sabia Não, Uai! mostra de um jeito descontraído histórias e curiosidades relacionadas à cultura mineira. A produção e apresentação são feitas pela repórter Déborah Lima, que conta com o apoio do vasto material disponível no arquivo de imagens do Estado de Minas, que inclui ainda as publicações dos extintos Diário da Tarde e revista O Cruzeiro.
O conteúdo oferece um olhar único e com propriedade sobre a história de Belo Horizonte e de Minas Gerais desde a década de 1920.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Alves