Jornal Estado de Minas

INTERDIÇÃO

Festival da Jabuticaba, em Sabará, é embargado pelo Corpo de Bombeiros

O tradicional Festival da Jabuticaba, que ocorre anualmente em Sabará, na Grande BH, foi embargado pelo Corpo de Bombeiros nesta sexta-feira (12/11). De acordo com a instituição, o chamado "Projeto de Evento Temporário (PET)", obrigatório para a realização da festividade, não foi encontrado. 


Com a ausência do PET, os bombeiros classificaram o evento como "risco alto" e decidiram embargar a realização do festival, que começaria nesta sexta e iria até o dia 21, sendo realizados nos dois próximos fins de semana e no feriado de Proclamação da República, celebrado na segunda-feira (15/11).





Em nota, a Prefeitura de Sabará disse que o problema foi por causa da implantação de uma cobertura extra para contenção de chuvas, divergente do projeto inicial. O Executivo municipal também disse que a programação está temporariamente suspensa e que as atrações confirmadas poderão ser reagendadas.

"Estamos providenciando junto às autoridades a formalização das solicitações", concluiu a prefeitura, que pediu desculpas pelos transtornos.

Retorno após edição virtual


Por causa da pandemia da COVID-19, em 2020, o Festival da Jabuticaba foi realizado de forma virtual. Já neste ano, que marca a 35ª realização do evento, o público recebeu a informação de que poderia comparecer presencialmente, desde que retirasse os ingressos pela internet. A procura foi grande e as entradas estavam esgotadas.

A programação estava marcada para ocorrer no Centro Administrativo Prefeito Hélio Geraldo de Aquino, localizado no Centro da cidade. Mesmo com algumas restrições, o retorno das atividades presenciais foi comemorado por moradores, produtores e turistas em Sabará.




 
Nas redes sociais, visitantes lamentaram a decisão de embargo do festival. 


Jabuticaba é patrimônio em Sabará

 
Em Sabará, a jabuticaba é chamada de 'ouro negro' e é considerada patrimônio imaterial do município. Este é o evento mais aguardado do ano pelos produtores de derivados da fruta, rede hoteleira e restaurantes do município.
 
Segundo dados da secretaria municipal de Turismo, em anos anteriores à pandemia, o evento gerava renda estimada em mais de R$ 5 milhões. Eram quatro dias de festival, realizado no Centro Histórico, com apresentações culturais para cerca de 130 mil pessoas que circulam no período.

(Com informações de Jéssica Alves, especial para o EM)

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