Morreu neste sábado (13/11), aos 98 anos, o médico Luiz Pires Filho, ex-provedor da Santa Casa de Misericórdia de Montes Claros, no Norte de Minas.
O óbito, que não teve a causa divulgada, ocorreu no Hospital Aroldo Tourinho.
O montes-clarense montou o primeiro serviço de abreugrafia, termo técnico para radiografia pulmonar, do Norte de Minas. Altruísta, o profissional de saúde dedicou grande parte de sua via ao atendimento de pessoas pobres com tuberculose.
Formado em Medicina em 1948 pela então Universidade Minas Gerais (atual UFMG), Dr. Luiz Pires foi radiologista no serviço médico do Serviço Social da Indústria (Sesi), e na Santa Casa de Belo Horizonte.
Ele também dirigiu e administrou diversas instituições em Montes Claros, como a Santa Casa da cidade e o Centro de Saúde do Estado.
O ex-provedor atuou como professor de Tisiologia (especialidade focada no tratamento de doenças que acometem as vias aéras) na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), além de lecionar biologia no Colégio Estadual Professor Plínio Ribeiro
Outra marca da trajetória de Pires foi a fundação d’O Jornal de Montes Claros, em 1951, o primeiro a trabalhar com linotipos - na época, uma novidade - na região.
Autor do livro “Memória de uma aroeira”, tornou-se sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros.
De família tradicional de Montes Claros, Luiz Pires Filho nasceu na Fazenda Cedro, instalada à beira do rio homônimo, perto da área urbana do município, onde o pai dele, Luiz Pires, tinha uma fábrica de tecidos.
O médico deixa sete filhos, 10 netos e cinco bisnetos.